O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou nesta manhã de domingo (15), sobre a prisão do ex-ministro e candidato a vice-presidente, Walter Braga Netto. O petista defendeu a “presunção de inocência” ao general aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas também cobrou punição severa em caso de comprovações de culpa.
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“Eu vou demonstrar para vocês que eu tenho mais paciência e sou democrata. Eu acho que ele tem todo direito à presunção de inocência. O que eu não tive, eu quero que eles tenham. Todo o direito e todo o respeito para que a lei seja cumprida”, disse o mandatário. “Mas, se esses caras fizeram, o que tentaram fazer, eles terão que ser punidos severamente”, acrescentou.
O presidente ainda disparou: “Esse país teve gente que fez 10% dos que eles fizeram, que foi morto na cadeia”.
As declarações do 'presida' foram dadas pouco antes da divulgação do boletim médico que anunciou sua alta hospitalar. Lula não esperou os questionamentos dos jornalistas presentes no auditório do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para toca no assunto de maior repercussão na mídia brasileira, no momento.
Lula aproveitou a oportunidade para afirmar que não aceitará desrespeito à democracia e à Constituição, se referindo ao plano da trama golpista que previa o assassinato dele mesmo, do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
"Não é possível a gente admitir que, num país generoso como o Brasil, a gente tenha gente de alta graduação militar tramando a morte de um presidente da República, tramando a morte do seu vice, e tramando a morte de um juiz que era presidente da Suprema Corte Eleitoral", concluiu.