Ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida quebrou o silêncio cinco meses depois de ter sido acusado de importunação sexual pela atual ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e por outras mulheres. Em uma entrevista ao Uol, ele voltou a negar ter cometido o crime e disse que caiu em uma “armadilha política”.
O caso começou a ser investigado pelas autoridades ainda no ano passado. Silvio Almeida vai prestar depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (25), em Brasília. No momento, o inquérito está em sigilo de Justiça.
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Segundo o ex-ministro, ele optou por não se pronunciar ao longo desse tempo para evitar uma clima hostil ou ser visto de maneira negativa ao se defender: “Minha defesa era lida como forma de desrespeito às supostas vítimas".
Silvio Almeida rebate acusações
Quando a denúncia contra Silvio Almeida veio a público, Anielle Franco disse à revista Veja que o suposto assédio teria começado durante a transição de governo. Sobre essa fala, o escritor negou e declarou que não convivia com a ministra nessa época.
“Tenho lembrança de ter encontrado Anielle em duas ocasiões", falou ele. As situações teriam sido um jantar e o evento de anúncio dos ministros do governo Lula.
Ao ser questionado do motivo que o fez dizer que a irmã de Marielle Franco inventou uma falsa denúncia, Almeida afirmou que a ex-colega “caiu numa armadilha”.
"Acho que ela caiu numa armadilha: a falta de compreensão de como funciona a política. A armadilha em que eu caí também! Não prestei atenção em coisas em que deveria ter prestado mais atenção. Ela, da mesma forma. Ela se perdeu num personagem. Para tentar me desgastar, ela participou desse espalhamento de fofocas e intrigas sobre mim", disparou.
O ex-ministro também falou sobre as acusações da professora Isabel Rodrigues e de algumas ex-alunas. "De repente, ela aparece candidata [a vereadora], se declarando a 15ª vítima", comentou ele sobre Isabel.
Sobre as estudantes, ele negou ter enfrentado qualquer tipo de problema desse teor durante as duas décadas como educador. “Tive aproximadamente 40 mil alunos. Metade disso são mulheres. Nunca tive nenhum tipo de acusação", concluiu.
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