
O ex-ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de assédio e importunação sexual. O inquérito de investigação contra a conduta dele foi aberto em 2023, após denúncias de algumas mulheres, incluindo a ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco. Ele nega as acusações.
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De acordo com informações da TV Globo, o relatório da PF já foi levado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O relator do caso na Corte é o ministro André Mendonça, que deve encaminhar o inquérito para a Procuradoria-Geral da República, onde o documento passará por análise. O processo tramita em sigilo.
Entenda o caso

Silvio Almeida é advogado, escritor e professor universitário. Entre as supostas vítimas dele estavam algumas alunas. As graves acusações contra o ex-ministro vieram à tona depois que as mulheres relataram situações de assédio para a ONG Me Too Brasil.
O ex-ministro foi colocado para fora do governo Lula em setembro do ano passado, pouco tempo após as denúncias repercutirem nacionalmente. Até o momento, a defesa dele não se pronunciou sobre a abertura do inquérito da Polícia Federal.
Depoimento de Anielle Franco
Uma das peças mais importantes para o desenrolar da investigação é Anielle Franco, irmã de Marielle Franco. A ministra já foi ouvida pelas autoridades.

Em outubro de 2024, Anielle deu uma entrevista ao programa ‘Fantástico’ e relatou a versão dela sobre supostas importunações sexuais. As ações de Silvio Almeida teriam começado em 2023 e durado cerca de um ano.
Um dos trechos que mais repercutiram da entrevista foi quando ela contou que o ex-ministro teria tocado nela por debaixo da mesa, sem consentimento, durante uma reunião de trabalho. Ele não confirma as acusações dela e das outras mulheres.
