O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, da Diocese de Osasco, em São Paulo, foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por seu envolvimento em um suposto plano de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder. Com cerca de 427 mil seguidores no Instagram, o religioso se apresenta como sacerdote, pároco e professor.
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Segundo investigações, o padre participou de reuniões com Bolsonaro e sua equipe para elaborar medidas que impedisse a posse do atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022.
Entre as alternativas discutidas, estavam a decretação do estado de sítio, a prisão de autoridades e a convocação de novas eleições. Informações que foram confirmadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que colaborou com a PF.
Em depoimento à PF, José Eduardo negou ter participado de qualquer encontro político ou reunião no Palácio do Planalto com conotação golpista. O sacerdote ainda afirmou que seus encontros com Bolsonaro foram exclusivamente para oferecer "apoio espiritual", principalmente após o ex-presidente ser atacado em 2018.
Os 37 indiciados, incluindo o líder religioso, responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, cujas penas podem chegar a 10 anos de prisão.