Na noite desta quarta-feira, 26, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), barrou a autorização do pedido da campanha do atual mandatário do Brasil, Jair Bolsonaro(PL), para analisar a alegação de irregularidades em contextos eleitorais por parte das emissoras de rádios, de acordo com informações do G1.
Os dados relatados pela campanha acerca das possíveis irregularidades são analisadas de forma inconsistente, na concepção de Moraes. Ainda na decisão, o gestor do TSE indica que contata o procurador-geral eleitoral, Augusto Aras, com a proposta de analisar uma "possível cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito" na campanha pró-Bolsonaro.
Ainda segundo a publicação, em outro momento, ele atesta que a Corregedoria-Geral Eleitoral deve apurar um eventual desvio de finalidade na aplicação do Fundo Partidário visando a contratação da suposta auditoria. Por fim, ele transfere o caso para o Supremo Tribunal Federal (STF), no que diz respeito ao inquérito que apura a atuação de uma "milícia digital" que joga contra a democracia.
Na última segunda-feira, 24, a campanha de Bolsonaro certificou que as rádios rejeitaram a exibição de inserções da propaganda eleitoral do candidato. Por essa razão, a campanha solicitou a investigação da denúncia. Como forma de compensação e igualdade, a solicitação pediu que as propagandas do rival, Lula, fossem imediatamente retiradas do ar.
Moraes justifica a sua decisão levando em consideração uma possível fraude nos dias antecessores a eleição "sem base documental crível, ausente, portanto, qualquer indício mínimo de prova", além de relatar que, os representantes da campanha de Jair Bolsonaro, ao adicionaram o pedido inicial protocolado no TSE, "abandonaram o pedido inicial e passaram a indicar uma 'pequena amostragem de oito rádios', o que representa 0,16%do universo estatístico apontado".
"Diante de discrepâncias tão gritantes, esses dados jamais poderiam ser chamados de 'prova' ou 'auditoria'", finalizou Moraes.
Após retorno do TSE, Bolsonaro em coletiva transmitida pela CNN, nesta noite de quarta-feira, 26, reforçou a denúncia que sua campanha de rádios nas regiões Norte e Nordeste não estão sendo veiculados. O presidenciável acusou o PT pela falta de inserções nos veículos de comunicação. “Está comprovado, o tratamento diferenciado com o outro candidato (Lula). Não posso provar, mas pode ter até o envolvimento dele (Lula) nisso daí”, disse Bolsonaro.