Preso dentro de casa desde o dia 4 de agosto e a menos de uma semana para iniciar julgamento, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enxerga que a "vida já acabou", com base na perspectiva de condenação por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito da tentiva de Golpe de Estado em 2022.
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O desabafo aconteceu durante as quatro horas de visita do vice-prefeito de São Paulo, Ricardo Mello Araújo (PL). Em entrevista ao Portal Metrópoles, o político paulistano detalhou que Bolsonaro relembrou sua trajetória de vida: da vida de militar à presidência da República.
“Quando fui visitá-lo, fui para deixá-lo animado. Cheguei, abracei. Sentamos e ficamos das 14h às 18h conversando. Ele começou a contar a história da vida dele: do Exército até a presidência. E eu jogando ele para cima. Disse que [a prisão domiciliar] é mais uma que ele vai superar, assim como a facada e um acidente em salto de paraquedas. Ele é ousado, não para”, disse o coronel, que foi indicado pelo ex-presidente para ser vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Em meio ao diálogo, Mello Araújo aconselhou o ex-presidente a "tirar o lado bom da desgraça". “Ele está enxergando todas as peças. É o momento de recuperar a saúde e ver o que está acontecendo para tomar as decisões certas”, afirmou.
O vice-prefeito da principal cidade do Brasil ainda contou algumas mensagens de motivação que depositou para o réu e chegou a montar um plano de treinos, para que mantenha a saúde em dias. No entanto, Bolsonaro já não consegue manter a mesma motivação e disparou enquanto chorava: "Estou com 70 anos, a minha vida já acabou", conforme contou o Mello Araújo.
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