O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está de olho nos atuais presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente, para integrarem o governo como ministros em 2025. A movimentação acontece porque, a partir de fevereiro do próximo ano, Lira e Pacheco não poderão se reeleger para seus cargos atuais.
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As primeiras conversas entre Lula, Lira e Pacheco ocorreram na semana passada, segundo informações da jornalista Andreza Matais, colunista do UOL. O tema deve voltar a ser discutido nos próximos dias, à medida que o presidente avalia a composição de seu governo para o ano que vem.
A possível entrada de Lira e Pacheco no governo faz parte de uma estratégia política de Lula para neutralizar o senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos principais aliados de Jair Bolsonaro (PL). A inclusão de Pacheco também pode ajudar a aproximar Lula do PSD, partido comandado por Gilberto Kassab, aliado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Essa não é a primeira vez que o nome de Pacheco surge como possível ministro. Em maio, já havia sido especulada sua entrada no governo, em conversas entre Lula e seus aliados.
A ideia é estreitar a relação do Planalto com o grupo que deve continuar no comando do Senado. Pacheco vai apoiar Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) na eleição que vai ocorrer em 1º de fevereiro de 2025.
Além disso, um cargo na Esplanada manteria Pacheco em evidência política. O senador estuda uma candidatura ao governo de Minas Gerais, em 2026, com o apoio do presidente Lula.