
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve seguir uma nova orientação em seus discursos. O mandatário tem sido aconselhado a evitar falas de improviso sobre segurança pública.
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Conforme apuração da CNN, a recomendação visa impedir que eventuais declarações do presidente se transformem em munição para a oposição, especialmente em um momento em que o tema da segurança deve ganhar centralidade no debate eleitoral.
Aliados citam como exemplo a fala de Lula, na Indonésia, quando o presidente afirmou que “traficantes são vítimas de usuários”. Apesar de ter se retratado em seguida e dito que a frase foi mal colocada, o trecho continua sendo usado pela direita para atacá-lo.
A orientação ganhou ainda mais relevância depois da megaoperação policial que deixou 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, na última terça-feira 28, Lula tem se manifestado apenas pelas redes sociais sobre o assunto.
Nos bastidores, o entendimento é que o presidente não pode “morder a isca” da oposição, que tenta reforçar o discurso de que a esquerda é leniente com o crime organizado.
Reação nas redes
Na quarta-feira (29), um dia após a megaoperação, Lula quebrou o silêncio e falou sobre as ações que o governo federal vem tomando contra o crime organizado no Rio de Janeiro. O mandatário informou que se reuniu com ministros e determinou ao ministro da Justiça e ao diretor-geral da Polícia Federal que fossem ao Rio para encontro com o governador.
“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”, publicou o petista nas redes sociais.
