A corrida pela presidência da Câmara de Vereadores de Feira de Santana ganha novos contornos com a ação judicial protocolada pelo advogado Hércules Oliveira, que visa impugnar a candidatura do vereador Marcos Lima (União). A ação popular foi apresentada com o argumento de que Marcos Lima estaria envolvido em um esquema de compra de votos para garantir sua eleição como presidente da Casa Legislativa.
De acordo com a petição, a conduta atribuída ao parlamentar não é compatível com os princípios democráticos e republicanos. A ação destaca que há indícios de suborno envolvendo vereadores que, inicialmente, apoiavam outros candidatos, mas mudaram de posição após supostos benefícios financeiros. Um exemplo citado na ação é o vazamento de um comprovante de depósito bancário, que teria favorecido um vereador que alterou seu voto em apoio a Marcos Lima.
Vale ressaltar que, nos últimos dias, os vereadores Galeguinho (União), Ron do Povo (PP) e Zé Curuca (União) mudaram de lado e trocaram o apoio ao outro candidato à presidência da Câmara, Jorge Oliveira (PRD), por Marcos Lima.
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O documento também menciona que o depósito teria sido realizado por meio da empresa Dias Auto Car Ltda., pertencente ao irmão de Marcos Lima. Segundo o advogado, este fato caracteriza o uso do poder econômico para influenciar o resultado da eleição da mesa diretora, comprometendo a legitimidade do pleito.
SEM CREDIBILIDADE
Entre os pedidos apresentados, está a concessão de uma liminar que impeça a presidente da Câmara, vereadora Eremita Mota (PSDB), de aceitar a inscrição de Marcos Lima como candidato à presidência para o biênio 2025/2026. A justificativa é que a participação do vereador no processo eleitoral comprometeria os valores democráticos e a credibilidade da instituição.
Conforme o texto da ação, “confirmada a suspeita conduta do vereador Marcos Lima, como denunciado pela imprensa e redes sociais, estaria ameaçando e minando os fundamentos da democracia”. O advogado sustenta que a compra de votos não só afronta as leis, mas também provoca danos irreparáveis à reputação da Casa Legislativa.
A disputa pela presidência da Câmara, marcada para o dia 1º de janeiro de 2025, está no centro das atenções. A atual presidente da Casa também é citada na ação judicial, figurando no polo passivo da demanda. Segundo o advogado Hércules Oliveira, cabe a ela impedir a candidatura de Marcos Lima, exercendo sua função de zelar pela regularidade do processo eleitoral interno.
Procurado pelo Portal MASSA!, Marcos Lima negou as acusações e disparou que isso seria uma jogada política do deputado federal Zé Neto (PT) com o presidente do PP em Feira de Santana, Yuri Guimarães.