Confirmado em convenção, nesta quinta-feira (1º), como candidato à Prefeitura de Salvador pelo PCB, Giovani Damico contou como fará sua gestão, caso vença as eleições em outubro.
"Ela [a gestão] vai ter que encontrar mecanismos para que as decisões sejam tomadas pari passu, com os bairros, com as ideias que as pessoas têm, em contato com as comunidades, com a universidade, com os jornalistas. Então, é realmente uma ideia de pensar a política, a construção da política cotidiana de uma maneira integrada e aí esse é o projeto mesmo que a gente está trazendo", disse.
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Pensando em mobilizar a juventude e a população em geral para poder conseguir um êxito nas urnas, Damico destacou que seu partido possui características capazes de atrair a preferência dos eleitores.
"Essa é uma pergunta muito bacana, inclusive, o PCB tem uma característica interessante que a gente tem conseguido, especialmente nesse último período, trazer uma parcela muito expressiva de juventude para o nosso movimento. Ainda assim a gente nota, por exemplo, eu como professor, que em sala de aula, trazer os nossos alunos para a realidade, o cotidiano da cidade, dos problemas da nossa sociedade, é um desafio. E aí, a gente tem pensado muito por essa ótica da participação, mas não é qualquer participação, é aquela participação que tem tomada de decisão, é isso que está faltando. A gente precisa que esse jovem sinta que ele tem poder nas suas mãos, ele conhece seu cotidiano, ele conhece várias demandas, várias necessidades, mas ele não sente que ele tem algo a fazer pelo seu futuro", indicou o candidato.
"Então, essa é a ideia que a gente está tentando traduzir em uma coisa concreta, que a população e a população mais jovem possam decidir os nomes dessa cidade", completou.
Prioridade
Em relação ao que garante ser prioridade em caso de vitória nas eleições, Damico apontou que Salvador tem algumas questões que precisaria de um choque de gestão.
"Imagine se essa palavra é bastante usada. Eu diria que, primeiro, a gente tem uma questão de mobilidade muito grave. Então, a gente tem várias partes da cidade que são completamente desabastecidas. Os modais que hoje estão estabelecidos não estão dando conta. O subúrbio ferroviário é um grande exemplo. A gente tira o trem e não conseguiu estabelecer nada no local. A gente tem um sistema de educação onde o êxodo, a saída dos alunos, é massiva. Se passa do quinto e sexto ano, as escolas vão ficando esvaziadas. A gente precisa transformar o nosso modelo de educação, para trazer o aluno para dentro da sala de aula, para virar um espaço convidativo, um espaço lúdico. Junto a isso, Salvador continua sendo uma cidade recordista em desemprego", acrescentou Damico.
"[...] 17% são índices alarmantes. Então, a gente associa a ideia de Salvador para a cidade de emprego com a ideia de Salvador ter um deficit habitacional muito grande. A gente vai precisar trabalhar moradia nessa cidade, junto a isso, trazendo trabalhadores que hoje estão desempregados para um amplo setor de produção de moradia popular nessa cidade. Então, a gente está vendo isso como os principais eixos desse momento", finalizou o candidato.