O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), oficializou sua candidatura à reeleição, na tarde desta quinta-feira (25), em evento realizado no Centro de Convenções da capital baiana. Durante a convenção, o gestor explicou os motivos de tentar um novo mandato e como se deram as alianças partidárias, em uma coligação com cerca de 13 partidos.
Uma das razões para Bruno tentar se manter na cadeira do Executivo municipal diz respeito ao seu desejo de continuar cuidando das pessoas e cumprindo a sua "missão" de "cuidar do dia a dia da cidade". Ao público presente, o pretenso candidato se afiançou como secretário de Obras, antes de assumir o posto de prefeito, e fez uma série de questionamentos sobre a corrida eleitoral.
"Quem está mais preparado? Quem tem mais condições? Sem querer falar dos meus adversários. [...] Que experiência tem? Qual o projeto? Aqui onde vocês estão, o prefeito era o secretário de Obras, estava aqui construindo o Centro de Convenções e poderia citar milhares. [...]", disse o prefeiturável.
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"Vocês acham que de uma hora para outra transformam Geraldo em candidato de A, de B e de C, sendo que A, B ou C, tem seus problemas, suas obrigações, e estão cuidando de outras coisas; quando a missão do prefeito é cuidar do dia a dia da cidade e das pessoas; é estar projetando a cidade para o presente e para o futuro. A ideologia é o trabalho, é a entrega", acrescentou.
Bruno, que terá novamente com Ana Paula Matos (PDT) como vice, contará com os seguintes partidos na coligação: Federação PSDB/Cidadania; Republicanos; PRD; DC; Mobiliza; União Brasil; Novo; PMB; PDT; PL; PP e PRTB.
Durante discurso, a vice-prefeita Ana Paula Matos afirmou que o grupo está muito mais unido do que em 2020, quando ela e Bruno foram eleitos para o primeiro mandato.
"Sou uma pessoa justa e sei que é pra vocês que a gente vai trabalhar dia e noite. Hoje nós estamos mais unidos, conhecemos as soluções para os problemas da cidade [..] Essa terra merece mais, mais e mais. Vocês podem contar comigo, com o presidente Muniz. Trabalhamos em conjunto [...] A gente vai trabalhar pelo nosso povo", disse.
Alianças partidárias
O postulante ao Palácio Thomé de Souza se auto intitula como “grande articulador”, com isso, ele conseguiu comungar 13 partidos em torno do seu nome para retornar à cadeira do Executivo. Ao ser questionado sobre o assunto, o prefeito afirmou que a quantidade deve-se à “confiabilidade” que ele passa aos seus aliados.
A minha trajetória política foi marcada por um trabalho na articulação política com relação com o ambiente na política, em que nasci e me criei. [...]. Sou uma pessoa que todos conhecem a minha forma de trabalhar e proceder, sendo sincero. Os compromissos que assumi foram cumpridos e isso traz confiabilidade”, avaliou Bruno Reis (União Brasil).
E continuou: “A nossa aliança, se ela não cresceu numericamente em partidos, é a mesma quantidade, mas ela cresceu na quantidade de representatividade e nos deu mais de 60% de rádio e televisão”.
Sobre a expectativa do desembarque do Agir em sua coligação, partido que tem a influência direta do deputado estadual Júnior Muniz (PT), o prefeito preferiu não se aprofundar no tema, mas deixou claro que está “aberto para o diálogo”.
“Não faço política ameaçando ninguém, dizendo que vou colocar na ‘caderneta’. Não estou para constranger ninguém. Todos sabem que o presidente do Agir, a quem você está se referindo, foi nosso assessor e é meu compadre. Mas, eu entrego na mão de Deus e não quero que ninguém seja perseguido”, afirmou.
Debates eleitorais
O prefeito garantiu presença no primeiro debate televisionado, mas explicou que existe o risco de não conseguir estar em todos os encontros com os demais candidatos.
"Não dá para participar de todos os debates [...] Eu vou participar dos que forem possíveis, mas já está confirmada a minha presença no primeiro debate, o da Band, como já participei de sabatinas. [...]. É evidente que pode ser que tenha debates que eu não tenha como participar", explicou.
Chapas proporcionais
Otimista, Bruno Reis (União Brasil) está convicto da ampliação de vereadores aliados na Câmara Municipal de Salvador (CMS), após o fechamento das urnas eletrônicas no dia 6 de outubro. Como de praxe, além dos vereadores de mandato que tentam a recondução, aparecem novos postulantes para o cargo.
“Quero chegar a 35 vereadores eleitos nos nossos partidos que fazem parte da nossa coligação, candidatos de todos os segmentos e de todos os bairros da cidade. Fizemos o trabalho mapeando toda a cidade, identificando lideranças jovens, candidatos de primeira eleição e os mais experientes, que já vinham disputando eleições. Montamos um verdadeiro exército”, afirmou o prefeito.
Na mesma toada de Reis, vão homologar candidatura 600 pré-candidatos na chapa para vereador. Cada um dos 13 partidos que compõem o arco de alianças de Bruno irá lançar 44 pré-candidatos.