O deputado estadual Diego Castro (PL) comentou sobre o resultado das eleições municipais na Bahia para o PL. O parlamentar reconheceu as dificuldades de realizar uma política de direita no estado, mas ressaltou que o desempenho do partido poderia ter sido melhor. Ele também afirmou que não recebeu o apoio prometido pela legenda, presidida pelo ex-ministro João Roma.
"A gente sabe das dificuldades que é fazer uma política de direita em um estado como a Bahia, mas saímos com a sensação de que poderia ter sido melhor. Esperávamos fazer prefeituras, muitos vereadores. Infelizmente, eu não tive o apoio que esperava da instituição partidária. Sou muito grato ao PL, sou e sempre serei leal ao meu presidente Jair Bolsonaro e à Doutora Raissa Soares, que é uma mãe para todos nós", disse o parlamentar em entrevista ao Portal Massa!.
Diego Castro também aproveitou para desabafar, afirmando que sua força no partido é limitada, dando uma indireta a João Roma. O deputado destacou que trabalhou muito para que o partido obtivesse melhores resultados durante as eleições municipais.
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"Para quem conhece nosso dia a dia, sabe que dentro do partido minha interferência é limitada por questões que acho que todo mundo sabe aonde quero chegar. Esperava um apoio estrutural maior para fazer essas bancadas. Fiz um trabalho até antes do meu primeiro dia de mandato, construímos bases em toda a Bahia, rodei 71 cidades em 45 dias com o intuito de fortalecer as candidaturas de direita. Mas o apoio que recebemos para isso foi muito abaixo do esperado", desabafou Castro, afirmando que, apesar das dificuldades, seguirá no PL buscando fortalecer a direita na Bahia.
Castro considerou acertada a decisão do PL de não lançar candidaturas em algumas cidades, como Salvador, Feira de Santana e Ilhéus, e apoiar outros partidos. No entanto, uma de suas maiores críticas foi a ausência de candidatos do Partido bolsonarista em municípios menores. O parlamentar aproveitou para voltar a afirmar que não é ouvido dentro da legenda estadual e que tem pessoas que ele é obrigado a tolerar pelo crescimento da direita.
"No resto da Bahia, principalmente em cidades menores, deveríamos ter lançado candidaturas para marcar posição, para formar uma bancada de vereadores. Se dependesse de mim, a grande maioria das cidades teria candidatos a prefeito com chapa de vereadores", declarou.
"Mas, como eu disse, o comando do partido não está nas minhas mãos. Infelizmente, não sou ouvido, pelo menos em nível estadual. No entanto, sigo no PL, e minha intenção não é desagregar. Agora, não sei se todo mundo quer a unidade comigo, mas quem me acompanha, quem está do meu lado, sabe que sou uma pessoa bastante agregadora. Ainda que eu tenha que conviver com pessoas que eu engulo", concluiu o deputado.
Racha no PL
Esse é mais um capítulo do racha no PL, que está dividido em dois blocos: um liderado pelo presidente João Roma e outro pela Doutora Raissa Soares. Ambos disputam o comando da sigla, que se firmou na direita após a chegada de Bolsonaro e seus apoiadores.