O deputado federal baiano Valmir Assunção (PT) se posicionou contra a inclusão dos carros elétricos no imposto do pecado, uma medida que visa tributar produtos que causam impacto negativo ao meio ambiente.
Para o parlamentar, é ilógico que carros elétricos sejam equiparados no mesmo local que os veículos movidos a combustíveis fósseis, cigarros e bebidas. A justificativa é que os automóveis elétricos podem gerar danos ao meio ambiente no descarte das baterias de lítio.
“Não podemos ir na contramão das pesquisas científicas e do avanço na redução da emissão de gases por meio do uso de combustíveis fósseis quando estimulamos a vinda de fábricas de carros elétricos para o Brasil, como acontece na Bahia. Defendo que façamos uma mudança no texto do PLP 68/2024 para retirar os carros elétricos do IS, conhecido como imposto do pecado”, iniciou o parlamentar.
“Concordo que são fundamentais ações para desestimular o consumo de itens que causam impactos à saúde e ao meio ambiente, mas não podemos enquadrar os carros elétricos nesse critério, pois isso seria um paradoxo. Precisamos estimular o barateamento desses veículos, para que a população em geral tenha acesso a alternativas mais sustentáveis e reduza a emissão de gases poluentes”, concluiu.
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Vale ressaltar que essa medida pode causar um impacto na BYD, que está se estabelecendo no Polo Petroquímico de Camaçari. O governador Jerônimo Rodrigues (PT) garantiu que manterá o acordo feito com os chineses, independentemente da aprovação do projeto.
Segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a tendência é que, em agosto, os senadores analisem o projeto de reforma tributária. Nesse momento, é provável que ocorram mudanças antes da aprovação pelos deputados federais.