
O Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu quando Jair Bolsonaro será interrogado no processo em que responde por tentativa de golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro Alexandre de Moraes marcou a audiência do ex-presidente da República para o dia 9 de junho, com a possibilidade de durar até o dia 13.
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Além de Bolsonaro, outros seis investigados - incluindo o ex-ajudante de ordens Mauro Cid - também serão enquadrados pela Suprema Corte. Cid firmou acordo de delação premiada, homologado pelo STF em 2023, e é considerado peça-chave nas investigações.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, Bolsonaro teria liderado uma conspiração com o objetivo de reverter o resultado das urnas e permanecer no cargo.
A tentativa, no entanto, teria sido frustrada pela recusa dos então comandantes do Exército e da Aeronáutica em apoiar o plano, conforme relataram em depoimento nas audiências realizadas nas últimas duas semanas.
40 anos atrás das grades
A possível condenação pode levar o ex-presidente a cumprir uma pena de até 40 anos de prisão. Embora esteja inelegível até 2030 por ataques infundados ao sistema eleitoral, Bolsonaro continua sendo a principal liderança da direita brasileira.
Ele nega as acusações e afirma ser vítima de perseguição por parte do ministro Alexandre de Moraes, que é visto como seu principal antagonista no Judiciário.
O momento mais aguardado do julgamento será o embate direto entre Bolsonaro e Moraes, dois personagens centrais no atual cenário político do país.