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Vitória!!!! - 12/09/2024, 11:00 - Wiliam Falcão - Atualizado em 12/09/2024, 11:39

"Conquista das mulheres", diz Olívia sobre aumento da pena de feminicídio

Deputada também ressaltou a importância de educar as crianças nas escolas

Olívia Santana também afirmou que é necessária outras medidas, além da punição
Olívia Santana também afirmou que é necessária outras medidas, além da punição |  Foto: Divulgação

A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) celebrou a aprovação do aumento da pena para até 40 anos em crimes de feminicídio no Brasil, aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (11). Em entrevista exclusiva ao Portal Massa!, na manhã desta quinta (12), a parlamentar comemorou a decisão.

“É uma conquista das mulheres, mas além da medida punitiva, porque a condenação de um feminicídio já é depois de um fato consumado, e como eu disse, irrevogável, irreversível, é preciso também apostar em medidas de reeducação dessa masculinidade tóxica que assedia, que favorece essa permissividade em relação às mulheres, assédio, assédio sexual, importunação, violência. Até o nível da letalidade, tem escalas, tem uma graduação dessa violência que atinge tantas mulheres”, disse.

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Olívia ainda ressaltou que com o aumento da pena será mais difícil ver criminosos serem soltos por brechas da Justiça brasileira. “A morte é irreversível, irrevogável, então não é possível continuar tratando feminicídios de maneira banal. Acho que foi importante a medida, porque isso inclusive impede uma progressão da pena para o regime semiaberto, com tanta facilidade, como a gente vê em certos casos”, explicou.

Educação nas escolas é o melhor caminho


Conhecida por defender a valorização da educação, a deputada baiana afirmou que é necessário debater o tema nas escolas. De acordo com ela, a discussão seria mais profunda com alunos do ensino médio, contudo, Olívia também destacou a necessidade de, também, direcionar as crianças.

“Tem que educar a criança, o menino, para que ele respeite as mulheres, para ele compartilhar o trabalho doméstico, que a ideia de trabalho doméstico é sempre associada à figura da menina, é a menina que brinca de panelinha, é a menina que brinca com o bebê de bonequinha”, iniciou.

“Porque a gente é uma sociedade tão doente, tão machista, que criou uma ideia de que só mulheres podem, só meninas podem ser educadas para o serviço doméstico. E não se pensa que homens podem morar sozinhos e tem que se virar, tem que arrumar suas coisas, tem que lavar sua roupa, tem que organizar sua comida. Então, por que não educar os homens para isso?”, finalizou Olívia Santana.

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