A política brasileira é marcada pela sua dinâmica e alianças repentinas. Quem diria que Geraldo Alckmin (PSB), adversário histórico de Lula, seria vice do presidente petista um dia? Assim também aconteceu com muita gente que apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018 (Não é o caso de Alckmin, mas agora está de mãos dadas com atual presida.
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O Portal MASSA! fez um levantamento com alguns nomes que pularam do barco que afundou para os braços do novo velho presidente da República.
Acredite se quiser, mas tem até ministro do atual governo que esteve com o presidente anterior de mãos dadas. Ministra do Turismo, a primeira-dama de Belford Roxo, Baixada Fluminense, Daniela Carneiro (União Brasil), foi bolsonarista fiel, assim como o marido, Waguinho, até a campanha do ano passado. Nas redes sociais, era comum publicar fotos ao lado do militar.
Juscelino Filho (União Brasil) é outro ministro 'vira folha'. Juscelino, que antes era bolsonarista da cabeça aos pés, também foi indicado por Luciano Bivar, presidente da sigla, para compor a Esplanada dos Ministérios como titular das Comunicações. Ao assumir o cargo, o maranhense destacou se sentir honrado e feliz pela confiança dada por Lula.
"Com muita alegria, honra e responsabilidade, fui empossado ministro de estado das Comunicações. Muito obrigado ao presidente Lula!", afirmou na ocasião.
Responsável direto pela vitória de Bolsonaro em 2018, Luciano Bivar, chefão do União Brasil, agora apoia o governo Lula. O deputado federal pernambucano chegou a garantir que o seu partido não faria oposição, de jeito maneira, ao atual presidente, e colocou três ministros nas mãos do líder petista: Daniela Carneiro, Juscilino Filho e Waldez Goés. Em 2018, Bivar cedeu o extinto PSL para abrigar a candidato de Bolsonaro ao Planalto.
Eleito em 2018 como um dos principais nomes do bolsonarismo em todo o país, o ator Alexandre Frota foi um dos primeiros a romper com o ex-presidente, ainda em 2019. Em 2022, Frota não pensou duas vezes ao declarar voto e apoio a Lula, e foi até convocado para o grupo de Transição, convite que recusou após ser detonado pelo ser artístico.
Sem declarar apoio a Lula até o momento, Joice Hasselmann, que não conseguir ser reeleita, é outra ex-bolsonarista que tem feito afagos ao presidente petista. Nas redes sociais, a ex-deputada federal faz elogios a Lula, enquanto detona Bolsonaro, com quem foi eleita apoiando em 2018. Joice não conseguir renovar o mandato em 2022.
Quem também não renovou o mandato após romper com Bolsonaro, e hoje tem feito aceno a Lula é a baiana Dayane Pimentel (União Brasil). Eleita em 2018 como a 'deputada de Bolsonaro' na Bahia, Dayane fez parte do bonde que rompeu com o governo em 2019, e passou a ser vista como uma das inimigas de peso do bolsonarismo. Após a vitória de Lula, Dayane passou a elogiar algumas medidas e posturas do governo. Em conversa com o Portal MASSA!, na última semana, a ex-parlamentar feirense explicou a posição adotada, e disse enxergar que Lula tem vontade de acertar.
"Creio que política séria se faz com críticas construtivas e fiscalização contundente. Percebo que o início do governo Lula está sendo marcado por uma vontade de acertar, então no momento a condução está se dando de forma correta", disse na ocasião.
Penitência
Suplente do senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o empresário Paulo Marinho comparou a sua mudança de lado como uma penitência a pagar por ter apoiado o militar em 2018. Ele delcarou apoio a Lula no segundo turno da eleição do ano passado.
"Quem conhece Bolsonaro como eu conheço vota no Lula. Eu tenho que pagar uma penitência de 2018. Minha mulher costuma dizer que eu precisaria subir a escada da Penha 50 vezes pra pagar essa penitência. Como eu não tenho essa disposição toda, eu achei que agora não é mais o momento de ficar de voto nulo, voto em branco. Você precisa de lado. Meu lado agora é apoiar o Lula".
Outro empresário que mudou de lado, pelo menos na urna, foi João Amoêdo, fundador do Novo. Candidato em 2018, ele apoiou Bolsonaro no segundo turno. Em 2022, entretanto, ele declarou voto em Lula no segundo turno, o que desagradou publicamente o Novo, e gerou uma treta enorme.
Um grupo grande que apoiou Bolsonaro em 2018, mas correu do pau em 2022, também não fez questão de se aproximar do novo governo. Nomes ligados ligados ao MBL, ou artistas como Danilo Gentili e Lobão, ficaram neutros e não colocaram a cara a tapa.