
O senador Angelo Coronel (PSD) pode estar com os dias contados na base governista. O pessedista pretende se candidatar à reeleição ao Senado em 2026, mas vê sua vaga ameaçada pelas intenções do Partido dos Trabalhadores (PT) de montar uma chapa majoritária "puro-sangue" com Jerônimo Rodrigues, Jaques Wagner e Rui Costa.
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Segundo Coronel, a ideia do PT de preencher todas as vagas da chapa majoritária é comparável ao nazismo. O senador também afirmou que o partido não deveria abandonar as articulações com outras legendas.
“Antigamente, os alemães, os nazistas, Hitler, queriam sempre manter uma raça pura. Sem nenhuma conotação ao extremo passado, mas é inadmissível o PT, de quatro vagas na chapa majoritária, querer três. E, se o MDB se abrir, eles querem fazer até quatro cargos da chapa. Isso é inadmissível. A política é aliança. É a arte de somar. E ninguém pense que a situação está essa cola-cola, essa bondade toda para achar que pode fazer uma chapa completa só com um partido”, disse Coronel, em entrevista à rádio 95 FM, de Jequié.
Coronel ainda garantiu que, se não houver diálogo em relação à formação da chapa majoritária, existe a possibilidade de o PSD romper a aliança com o PT. “O PSD não concorda com isso (do PT ter três nomes na chapa). Nós somos aliados, e a aliança sempre tem um prazo de validade. Se o grupo que está dominando a Bahia, que está com o poder, achar que deve excluir o PSD da chapa, Angelo Coronel, vamos sentar com o diretório estadual e nacional para ver qual rumo vamos tomar”, afirmou.
Apesar das falas de Coronel, pessoas próximas da base governista garantem que não existe interesse do senador Otto Alencar (PSD) em romper com o governador Jerônimo Rodrigues e se aliar à oposição.