A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) aprovou, na última terça-feira (6), a distribuição gratuita de medicamentos à base de canabidiol na rede pública de saúde do estado. A iniciativa visa atender, sobretudo, a população economicamente vulnerável, que não possui condições de arcar com o tratamento de dores crônicas, fibromialgia, depressão, ansiedade, distúrbios do sono, entre outras doenças e síndromes.
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A proposta é de autoria do deputado Euclides Fernandes (PT) e representa um avanço nos tratamentos alternativos oferecidos pela rede pública de saúde estadual.
Vale ressaltar que o projeto de lei foi aprovado por unanimidade, após um acordo entre a base governista e a oposição. Agora, o gabinete do governador deve acionar a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) para que se manifeste sobre a proposta. Após essa manifestação, o governador Jerônimo Rodrigues decidirá sobre a sanção ou não da “Política Estadual de Fornecimento Gratuito de Medicamentos à Base de Canabidiol”.
Diferente da maconha
O canabidiol é uma substância encontrada nas plantas do gênero Cannabis e possui propriedades farmacológicas. Por não ser psicoativo, ele não deixa a pessoa com sensação de chapada.
Dentre as plantas do gênero Cannabis, duas são mais conhecidas: a maconha, considerada ilícita em diversos países — incluindo o Brasil — devido à alta concentração de tetrahidrocanabinol (THC); e o cânhamo, que possui baixíssimo teor dessa substância.
Ou seja, o canabidiol é uma das substâncias presentes na maconha, mas não provoca efeitos psicoativos. Além disso, também pode ser extraído de outras plantas, como o cânhamo.
O poder analgésico do canabidiol tem sido avaliado cientificamente como útil no combate aos sintomas de diversas condições, como epilepsia, câncer, dores crônicas, ansiedade, distúrbios do sono, autismo, Alzheimer, esclerose múltipla, entre outras.
Já a maconha também é utilizada como entorpecente recreativo. Sendo ilícita, é uma das drogas que financiam o tráfico e o crime organizado no Brasil e em grande parte do mundo.
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