
Cultivar o amor pela leitura e estimular a produção literária entre crianças e jovens. Esse é o propósito do I Encontro Infantojuvenil de Escritores Baianos, promovido pela Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBA), por meio da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato (BIML). O evento, gratuito, acontece nesta sexta (17), das 9h às 16h, com uma programação repleta de apresentações teatrais, musicais, oficinas, lançamentos de livros e contação de histórias.
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A iniciativa busca fortalecer o vínculo entre a biblioteca e a comunidade, despertando o interesse pela literatura por meio de experiências criativas e interativas. Ao longo do dia, o público poderá participar de encontros com jovens escritores, conhecer novos talentos e mergulhar no universo da escrita. Entre os autores presentes estão Analiz, Samuel Nóbrega, Duda Castro e Maurício Akin, que também participarão de lançamentos e bate-papos literários.
A programação do encontro começa às 9h, com as falas institucionais de abertura, seguidas, às 9h15, da apresentação do espetáculo “A Bruxinha que Era Boa”, encenado pela Companhia de Teatro da BIML, sob direção de Maick Barreto. Às 10h10, ocorre o Encontro com Escritores, mediado por Maurício Akin e com a participação de Analiz, Samuel Nóbrega, Duda Castro e o próprio Akin. Logo em seguida, às 11h, haverá o lançamento dos livros desses autores. Durante a tarde, a partir das 14h, crianças e jovens autores compartilharão suas experiências e lançarão novas obras. O encerramento, às 16h, será marcado por um pocket show literário do grupo “Vivendo a História”, com apresentações de Marcela Rosa, Laisa Anjos, Sophia Sacramento, Thalia Reis e Davi Correia, sob produção de Ruana Rocha.
Paralelamente, o setor infantil da biblioteca também contará com uma programação especial. Na parte da manhã, com mediação de Maria Neri e condução da mestre de cerimônia Jenifer Vitória Menezes, aluna da Escola Estadual Severino Vieira, haverá uma rodada de contação de histórias com Maria Neri, Zion e Marcela Rosa, seguida do lançamento de livros dessas jovens autoras.
Segundo o diretor-geral da Fundação Pedro Calmon, Sandro Magalhães, o encontro é mais do que uma celebração cultural, é um investimento no futuro.
“Além de celebrar o mês das crianças com atividades lúdicas, o I Encontro Infantojuvenil de Escritores Baianos busca ser um espaço para que jovens talentos sejam descobertos. Queremos que novos autores tenham contato com o público, apresentem suas obras e fortaleçam sua caminhada no mundo literário”, destacou.
Sandro ressaltou ainda a importância de incentivar a leitura desde cedo, especialmente em um contexto dominado pelas tecnologias digitais: “Vivemos um momento de hiperconexões, mas não podemos perder de vista o essencial: o aprendizado, o convívio e o desenvolvimento crítico das novas gerações. O livro e a leitura são fundamentais nesse processo. É na infância que esse incentivo deve começar, e as bibliotecas públicas estaduais têm o papel de ser essa ponte entre o lúdico, a cultura e a educação”, afirmou.
Um dos participantes, o escritor mirim Vini Souza, de 12 anos, autor do livro Os Supercães, contou que sua inspiração veio de uma amizade especial.
“Ganhei meu cachorrinho Yoshi durante a pandemia e ele encheu a casa de alegria. Comecei a imaginar histórias com ele e daí surgiu o livro. O Yoshi foi minha maior inspiração”, contou o jovem autor.
Para Vini, o evento é uma oportunidade de incentivar outras crianças a sonharem com a escrita. “Nunca desistam dos seus sonhos. Se você quer ser escritor, comece escrevendo suas ideias e guardando tudo, porque um dia pode dar certo. Escreva com amor e sobre algo que você realmente goste”, aconselhou.
Com eventos como o Encontro Infantojuvenil de Escritores Baianos, a Fundação Pedro Calmon reafirma o compromisso do Governo da Bahia com a democratização da leitura e o incentivo à escrita, contribuindo para formar novas gerações de leitores e autores.
“Queremos que essas ações cheguem a todos os territórios de identidade da Bahia, fortalecendo as políticas públicas do livro, leitura e bibliotecas, e construindo uma sociedade cada vez mais leitora”, concluiu Magalhães.
*Sob supervisão do editor Anderson Orrico