Na que pode ser sua última Copa do Mundo como treinador da Seleção Brasileira, Tite adotou uma estratégia de mais ‘blindagem’ nas informações. Acima de tudo, o comandante campeão do mundo pelo Corinthians em 2013, tem escondido a formação titular do time diante da Sérvia. O confronto acontece nesta quinta-feira, 24, às 16h (horário de Brasília), no estádio Lusail, pelo Grupo G.
“A equipe não vou definir, para não dar ao adversário a oportunidade de saber. As variações vocês sabem e não vou falar. Eu faço escolhas, agrado a uns e outros, não. Isto é da escolha e da função do técnico, mas os atletas do meio para frente se escolheram também. Em cada clube, eles estão com protagonismo e qualidade excepcionais”, despistou o treinador, em entrevista cedida nesta quarta-feira, 23.
Por outro lado, Tite apontou que buscou no time dos 11 iniciais um equilíbrio em marcar e não levar gols.
“É a equipe que tem percentual de gols altíssimo, que toma com clean sheet, não tomou gols em 22 dos 29 jogos em Eliminatórias. Não acredito em encher de atacantes nem de encher de defensor. Eu entendo que o ponto de equilíbrio está no meio-campo, nas movimentações. E aí, sim, ter uma equipe equilibrada”, acrescentou.
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Em mais um Mundial, o técnico do Brasil analisa que a atual competição envolve um elenco mais encorpado e sonhador.
“Não me coloca responsabilidade de 20 anos, são só quatro (risos), de um processo todo. A história é linda e traz pressão, sim, mas a pressão que um país todo vive, apaixonado, está nas ruas. Principalmente a garotada, serve como processo educativo e o futebol também é de educação, fundamentalmente. Tem pressão, mas a tranquilidade de saber das oportunidades que surgem na vida, que sonhar faz parte. O Tostão fala isso, que é bom sonhar, então sonhamos fazer uma grande Copa e ser campeão. E se não for, fazer o melhor. Um só vai ser campeão, mas tem a sensatez e naturalidade que outras grandes seleções buscam este patamar. Pressão é inevitável”, finalizou.