O ano era 2014 quando Maria Clara Novaes Abade adotou a prática esportiva como ferramenta de transformação interna e externa. A partir daquele ano, a sociedade passava a conhecer uma menina repaginada, enfrentando quaisquer problemas com a cabeça erguida e sem pestanejar. Com títulos já representativos na carreira de cinco anos, a judoca baiana batalhou muito para chegar até onde chegou e segue na caça por novos patamares.
Atualmente, Maria tem um desejo: participar do Campeonato Brasileiro de Judô, nos dias 3 e 4 de junho deste ano, na cidade de Rio de Janeiro (RJ). Para isso, a campeã baiana do circuito de judô de 2019 a 2022, regional, e terceiro lugar no Brasileirão de judô, disputado no município de Curitiba (PR), no ano passado, criou uma vaquinha.
No geral, a proposta dela e da mãe, Carla, é construir uma carreira ainda mais consolidada no judô. É o que garantem em entrevista exclusiva ao Portal MASSA!.
“Estou focada, determinada e em ascensão. Tenho o sonho de representar o Brasil nas Olimpíadas e trazer a medalha de ouro para o nosso país”, enfatiza Maria.
O intuito de sonhar tão alto, para além do Brasileiro, fez com que a família se mobilizasse. Criada no dia 2 de maio, a vaquinha com título “Em busca do título no Brasileiro de Judô 2023”, a vaquinha tem como meta o valor de R$ 4.000,00. Até a última segunda-feira (15), 23 apoiadores ajudaram e o total arrecadado acumula R$ 1.324,66.
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Pegue a visão:
Os interessados em participar basta clicar neste link e seguir a orientação do site. Além da vaquinha, transferências via pix para o número de CPF: 77616693504 também são bem-vindas.
“Até aqui ela tem conseguido participar das competições com ajuda de amigos, rifas e apoio da escola”, menciona a mãe da garota.
Virada de chave
Faixa verde no judô, Maria Clara é integrante da equipe de Judô da Associação Kamakura, localizada na cidade de Irecê, no estado da Bahia. Competidora pela categoria Sub-18 (-52kg), a atleta, que é treinada por Toinho, teve uma guinada na vida proveniente de problemas na escola.
“Ela começou [no judô] por conta de problemas na escola. Uma colega falava do cabelo, do óculos, e ela ficava muito nervosa, chorava. As notas caíram, e um dia ela atacou a menina. Foi levada para a direção e mandada para a psicóloga. Então foi para o judô e, a partir do esporte, ajudou a se desenvolver, ensinando a se impor, ter disciplina e muito mais”, detalha Carla.
Agora, o sonho de conquistar o profissionalismo no judô é ainda mais real. Porém, o próximo passo da carreira de Maria depende do apoio social. Passagens, hospedagem, alimentação e inscrição ainda transcendem a missão de voar mais alto, mas a ‘batalha’ segue viva e pronta para voltar para o interior da Bahia com a medalha de ouro.