Condenado a nove anos de prisão por estupro coletivo, Robinho acusa a Justiça Italiana de ser racista e tratar seu processo de maneira parcial por causa desse preconceito racial. Ele diz que as provas que apresentou em sua defesa seriam suficientes para inocentá-lo caso fosse um "italiano branco" na situação.
"Só joguei quatro anos na Itália e já cansei de ver histórias de racismo. Infelizmente, isso tem até hoje. Foi em 2013, estamos em 2024. Os mesmos que não fazem nada com esse tipo de ato são os mesmos que me condenaram. Com certeza, se o meu julgamento fosse para um italiano branco, seria diferente. Sem dúvidas. Com a quantidade provas que eu tenho, não seria condenado", lamentou Robinho, em entrevista à TV Record.
Leia mais:
"Tenho provas", dispara Robinho em primeira entrevista pós-condenação
Apesar de negar todas as acusações, Robinho admite ter se relacionado com a jovem albanesa que denunciou o crime ocorrido em uma boate na cidade de Milão, em 2013. Ele avaliou a relação como "superficial" e garante não ter sido forçada.
"Tivemos uma relação superficial e rápida. A gente trocou beijos, fora isso, fui embora para casa. Em nenhum momento ela empurrou, falou 'para'. Tinha outras pessoas no local. Quando vi que ela queria continuar com outros rapazes, eu fui embora para casa. Eu nunca neguei. Foi consensual. Nunca neguei. Poderia ter negado, porque não tem meu DNA lá, mas não sou mentiroso", garantiu o ex-atleta.
Na próxima quarta-feira (20), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai julgar o pedido do governo italiano para que Robinho cumpra a pena em território brasileiro. A sessão será transmitida ao vivo no YouTube.