
Além da derrota de 3 a 0 sofrida pelo Bahia para o Atlético-MG, na Arena MRV, na noite da quarta-feira (5), dois lances em específico deixaram os tricolores na 'bronca'. O árbitro de campo, Davi de Oliveira Lacerda, e o comandante do VAR, Rafael Traci, foram os principais alvos das reclamações por parte do time baiano.
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O primeiro lance aconteceu no início do jogo, quando Michel Araújo disputou bola e recebeu um 'pisão' no tornozelo do zagueiro Júnior Alonso, que esticou o pé durante a dividida. Apesar dos jogadores do Bahia terem cobrado expulsão, o juiz deixou o jogo seguir, sem marcar falta e sem conferir o VAR.
O lance deixou o treinador Rogério Ceni enfurecido. Após o jogo, o comandante bradou sobre a situação durante entrevista coletiva. "Não é que o árbitro é ruim, mas o senhor Rafael Traci no VAR, o que acontece com ele? Como ele vai explicar aquele lance que é expulsão clara. Sabe o que vai acontecer? Nada. Esse é o futebol brasileiro", exclamou.
O cara do VAR não chamou esse lance tendo todas as câmeras. Ele tinha todas as possibilidades.
Rogério Ceni
No áudio da cabine do VAR divulgado pela CBF, é possível ouvir que Rafael Traci sequer recomenda que Davi revise o lance. Eles apenas conversam e tomam a decisão rápidamente.
"Sem falta, sem falta, pode seguir. Limpo. Bola. Ele escorrega na bola. Toca o pé, mas o pé não está fixo. Ele pisa na bola e depois tem pé sobre pé. Tem um pé que está no tornozelo do jogador, mas não está fixo o pé no chão. Vai deslizando. Está em disputa a bola", disse.
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Expulsão de Kanu
A goleada se desenrolou a partir da expulsão do zagueiro Kanu, do Bahia. A situação ocorreu no segundo tempo, quando o Esquadrão já perdia por 1 a 0. O defensor puxou Bernard pela camisa, foi advertido inicialmente com o cartão amarelo, mas acabou expulso após análise do VAR.
Segundo o áudio divulgado pela CBF, o árbitro de vídeo entendeu que Kanu impediu uma chance clara de gol. "Vou te recomendar revisão para um possível DOGSO (impedir uma oportunidade clara de gol). Tem totais condições de domínio da bola, ele vai sair sozinho com o goleiro".
E, por fim, Davi de Oliveira Lacerda, decide aplicar o cartão vermelho. "A bola é muito mais para o atacante. Ele desiste de jogar para puxar. Eu vou tirar o cartão amarelo e aplicar o vermelho pela possibilidade real de gol".
Ceni também ficou 'na bruxa' com a decisão da arbitragem no lance. "Rafael Traci, que fica escondido, teve a coragem de chamar o lance para expulsão de Kanu, mas não chamou para o lance do Michel [Araujo], que teve o meião rasgado. O lado que vai vencer o jogo é o lado que o VAR resolve interferir no futebol brasileiro".
Veja a coletiva completa de Rogério Ceni:
