No dia 10 de fevereiro de 2023 chegava à Toca do Leão, o 'cara' encarregado de cumprir uma das missões desafiadora: colocar o Vitória de volta à Série A. Naquela época, Leonardo Rodrigues Condé, mais conhecido como Léo Condé, foi anunciado pelo clube como substituto de João Burse, demitido no dia 5 do mesmo mês, após a derrota do Leão para o CSA, por 3 a 1, pela Copa do Nordeste.
Diante de tantas frustrações precoces passadas pelo Vitória nos primeiros meses da temporada, como a eliminação do Campeonato Baiano, Condé encontrou o time numa situação crítica. Para começar, o experiente treinador de 40 anos, pediu permissão à diretoria do clube para fazer uma reformulação no elenco. Com o aval da cúpula, Condé sugeriu novos nomes de atletas que, para ele, somariam muito ao longo do Brasileirão.
A visão estratégica funcionou e, de cara, o Leão começou a Série B 2023 disparado e invicto durante muitas rodadas. Em um determinado momento, o time deu uma oscilada, as derrotas começaram a pintar na área e a pressão em cima do técnico, por parte da torcida, começou a surgir.
Entretanto, mesmo diante dos tropeços, o professor seguiu com toda moral com o presidente Fábio Mota que, em entrevista ao Portal Massa! revelou do porquê de ter bancado o treinador. “Quando Condé chegou o elenco não era o dele. Naquele momento algumas pessoas já queriam que eu tirasse o treinador. E eu não tiraria nunca porque ele não teve culpa do que aconteceu [baiano e nordeste]. O time dele é esse aí que ele montou. Veja que ele começou com um esquema de jogo, depois mudou para três zagueiros e mudou novamente. Ele vai de acordo com a competição e ele conhece muito a Série B", lembrou Mota.
Enquanto muitas pessoas do lado fora pensavam que o treinador estava na corda bamba, com grande chance de ser demitido, a relação dele com a diretoria seguia firme. "Teve uma parte da torcida muito descrente, mas a gente sabia e apostava no trabalho dele, a gente acompanha o trabalho dele no dia a dia, nunca passou pela minha cabeça tirar o treinador. Sempre dei respaldo, sempre segurei a onda porque eu sempre acreditei no trabalho dele. Ele trabalha muito”, destacou Mota.
Além de toda experiência técnica e o amplo conhecimento sobre o funcionamento da Segunda Divisão, Condé também é tido pelo presidente do Leão como um excelente gestor de equipe. "Um dos grandes méritos de Condé é saber fazer a gestão do grupo porque não é fácil gerir um grupo tão grande. Você só pode levar 22 fora e 23 dentro. E na hora de fazer a relação muitos ficam. Perceba que o grupo é unido, é uma família", pontuou Fábio Mota.
Durante esse período que está à frente do Vitória, Léo Condé acumula, pelo Brasileirão, 21 triunfos, seis empates e nove derrotas.
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