
Kirsty Coventry é a mais nova presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI). Durante eleição realizada nesta quinta-feira (20), em Pilos, na Grécia, foi votado pela maioria dos membros da entidade para que a ex-nadadora do Zimbábue fosse eleita como a substituta do alemão Thomas Bach.
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A campeã olímpica será a 10ª pessoa a assumir a presidência do COI, sendo a primeira mulher a ocupar tal cargo. Além disso, Coventry será a primeira pessoa da África a assumir o cargo mais alto do Comitê. Seu mandato terá duração de oito anos, ou dois ciclos olímpicos.
“A jovem que começou a nadar no Zimbabué há tantos anos nunca poderia ter sonhado com este momento. Estou particularmente orgulhosa de ser a primeira mulher presidente do COI, e também a primeira da África. Espero que esta votação seja uma inspiração para muitas pessoas. Os tetos de vidro foram destruídos hoje, e estou plenamente consciente das minhas responsabilidades como modelo. O esporte tem um poder inigualável de unir, inspirar e criar oportunidades para todos, e estou comprometida em garantir que aproveitemos esse poder ao máximo. Junto com toda a família olímpica, incluindo nossos atletas, fãs e patrocinadores, construiremos sobre nossas bases fortes, abraçaremos a inovação e defenderemos os valores de amizade, excelência e respeito. O futuro do Movimento Olímpico é brilhante, e mal posso esperar para começar!” disse Coventry em seu discurso de posse.
Desde quando foi criado, em 1894, o COI teve somente presidentes homens, europeus ou norte-americanos. Kirsty veio para ser a quebra desta sequência. O alemão Thomas Bach, atual presidente, apoiou a eleição de Kirsty. Ele está no cargo desde 2013 e vai terminar seu mandato em 23 de junho, quando a presidência será transferida.
Os outros candidatos foram Feisal Al Hussein (Jordânia), David Lappartient (França), Johan Eliasch (Suécia), Juan Antonio Samaranch (Espanha), Sebastian Coe (Reino Unido) e Morinari Watanabe (Japão). Coventry recebeu os exatos 49 votos que precisava para vencer no primeiro turno. O segundo colocado foi Samaranch com 28 votos.
A sucessora de Bach terá de lidar com a instabilidade do governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, que irá sediar os próximos Jogos Olímpicos em Los Angeles, em 2028. Além disso, outras questões que deverá arcar é a elegibilidade de atletas transgênero e a reintegração da Rússia.