O jogador de vôlei Wallace, que ameaçou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por meio das redes sociais, teve a pena de três meses e 15 dias de detenção substituída por multa de R$ 20 mil. A decisão é do juiz federal Jorge Gustavo Serra de Macedo Costa, de Belo Horizonte, e foi publicada nesta semana. O réu é apoiador declarado do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com a Justiça, o atleta agiu com dolo ao instigar a prática do crime de homicídio contra o presidente em uma publicação nas redes sociais. "Essa instigação, no contexto político instaurado no País à época, seria facilmente capaz de inspirar que o comportamento sugerido migrasse do plano das ideias para o plano da realidade", afirmou o juiz. A sentença foi publicada pelo jornal Folha de São Paulo.
"Esse estímulo se ampliou diante o compartilhamento do assombroso resultado da enquete, indicativo de que a maior parte do público executaria o homicídio da autoridade máxima do país, o que poderia encorajar o efetivo cometimento do fato sob a justificativa falaciosa de refletir a 'vontade da maioria' [...] A postagem em questão teve, inquestionavelmente, o potencial de estimular ou mesmo reforçar eventual propósito existente em parte daqueles que por ela foram alcançados, revelando-se inconteste que configurou incitação à prática de homicídio do Presidente da República", destacou o juiz.
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Wallace foi suspenso pelo COB - Comitê Olímpico Brasileiro - e também pelo Cruzeiro, clube no qual jogava o campeão olímpico na época.
Relembre o caso
Em 31 de janeiro deste ano, Wallace postou na rede social Instagram a seguinte mensagem: "Daria um tiro na cara de Lula com essa 12? Alguém faria isso? Sim ou Não?", com uma sequência de postagens em um stand de tiro.
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