A influenciadora e jornalista baiana Maíra Azevedo, mais conhecida como Tia Má, usou as redes sociais para opinar sobre o polêmico Projeto de Lei 1404/24, também conhecido como PL do aborto. Para quem não sabe, a proposta quer tornar a realização de abortos em casos de estupro, anencefalia do feto ou gestações de risco para a mulher, que são garantidos por lei desde 1940, em um crime equivalente a homicídio, com pena de até 20 anos, se feito acima das 22 semanas da gravidez.
Contra a mudança na Lei, Tia Má alertou os seguidores sobre o assunto pedindo que as pessoas que concordam com a criminalização do aborto nesses casos se colocassem no lugar das vítimas, imaginando ser familiares delas.
"Imagine que sua filha, sua irmã, sua sobrinha, sua mãe, sua afilhada, foi violentada, estuprada e ficou grávida. Você acha que ela deve levar essa gestação adiante? E olha só, o estuprador, se ele for pego, for julgado e condenado, ele pode ter uma pena máxima de 10 anos, mas a sua filha se decidir interromper essa gestação, fruto desse ato tão violento, ela pode pegar uma pena de 20 anos, o dobro do estuprador", declarou.
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A jornalista também fez uma reflexão sobre meninas e mulheres pobres serem mais prejudicadas nesse sentido, pois dados apontam que clínicas clandestinas realizam o procedimento tranquilamente, a um alto custo, e acabam facilitando a vida quem pode pagar para abortar: "Quem é rico, quem tem dinheiro, quem tem acesso, continuará realizando aborto que quiser, quando quiser".
Atualmente, o PL está em análise na Câmara dos Deputados e deve ser votado em breve. O texto foi apresentado pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e outros deputados, como o baiano Capitão Alden (PL-BA).
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