
O mundo está presenciando o retorno da grande era dos heróis. Depois do sucesso de Superman, agora chegou a vez do Quarteto Fantástico brilhar nas telonas. O novo filme da primeira família da Marvel é um resgate de tudo aquilo que havia sido perdido nas últimas produções do MCU. Quarteto Fantástico: Primeiros Passos é uma aventura isolada e que se dedica apenas a contar uma boa história de ficção científica.
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O principal acerto da produção é ser ambientado em um universo diferente do tradicional. Dessa forma, não é preciso assistir nenhum filme ou série para entender o que se passa na trama. Além disso, essa escolha narrativa também permite que a obra aposte em uma estética completamente diferente dos outros filmes do estúdio.
Veja o trailer:
A nova produção adota um visual retrofuturista, apresentando uma Nova York onde carros voadores dividem espaço com rádios a pilha. O retrofuturismo também tem presença forte na direção de Matt Shakman, que utiliza diversos elementos que parecem ter sido tirados de programas de televisão dos anos 1980.
Fantástico é a palavra ideal para definir o elenco da produção. Cada membro da família está muito bem caracterizado. O destaque vai para Vanessa Kirby, que dá vida a uma Sue Storm que serve como guia moral para os outros membros. Pedro Pascal é um Reed Richards analista e quase insensível, mas que não deixa de sempre fazer a coisa certa. O Coisa de Ebon Moss-Bachra e o Johnny Storm de Joseph Quinn são muito divertidos de se acompanhar, agindo quase como irmãos.

Depois do desastroso Galactus de Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado, aqui o personagem retorna como vilão, mas dessa vez adaptado de forma infinitamente melhor. O filme trata o antagonista com a seriedade que ele merece, mostrando como o devorador de mundos pode ser uma ameaça. A Surfista Prateada de Julia Garner tem um papel parecido com a do personagem no filme de 2007, sendo igualmente bem realizado.
Quarteto Fantástico: Primeiros Passos é, acima de tudo, um filme sobre família. É satisfatório acompanhar o núcleo familiar e cada personagem tem seus próprios dilemas, características e momentos de brilhar. É um retorno triunfal não apenas para o quarteto, mas para a própria Marvel.
Heróis que são celebridades
Além do visual retrofuturista, a trama também mergulha de cabeça na ficção científica. Desde os mínimos detalhes, como o companheiro robô da família, a coisas mais complexas, como a viagem por buracos de minhoca. Tudo no filme parece respirar história em quadrinho da era de ouro, época em que os gibis constantemente exploravam esse lado mais científico. O diretor Matt Shakman utiliza essa temática muito bem, fazendo questão de lembrar ao público que aquela é uma família de astronautas.
Outro tema que ganha força na narrativa é os super-heróis como celebridades. É comum vermos personagens utilizando identidades secretas para proteger seus entes queridos, mas esse não é o caso do quarteto. O roteiro trabalha muito bem essa subversão de expectativa, principalmente quando as coisas começam a dar errado e os heróis começam a ser reprimidos.
