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Em alta - 30/08/2024, 07:00 - Artur Soares* - Atualizado em 30/08/2024, 09:32

Na onda do 'naipe baiano', banda Oh Malvadãoo desponta no pagodão

Com coreografia que conquistou o Brasil, grupo é uma das sensações do momento

Cantor Breno Santos
Cantor Breno Santos |  Foto: Denisse Salazar / Ag. A TARDE

Nos últimos anos, o pagodão está passando por diversas transformações e uma nova geração de artistas está ganhando o coração do público. Embalado por essa onda dos bloquinhos, Oh Malvadãoo é uma dessas promessas que surgiram repentinamente.

E, entre as bandas do momento, o grupo comandado pelo vocalista Breno Santos se destaca com um diferencial: o naipe baiano. “Nos meus bloquinhos eu só quero focar nessa coisa de naipe que a galera gosta”, afirmou em entrevista ao MASSA!.

O naipe baiano é um tipo de dança que vem ganhando fama nas redes sociais. A coreografia foi criada pela dançarina Fernanda Costa e estourou depois que Belle Daltro, irmã de Cristian Bell, gravou um vídeo ensinando como quebrar e amassar ao som de Fode Sacaninha, um dos principais hits da Oh Malvadãoo.

Escute o hit de Oh Malvadãoo

“O naipe baiano é uma coreografia da nossa música. A Belle gravou e acho que através dela chegou na Ludmilla, daí explodiu”, acrescentou.

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O sucesso foi tão grande que até mesmo Ludmilla entrou na onda. Em agosto, quando veio para capital baiana apresentar mais uma edição do Numanice, a cantora aproveitou para gravar um vídeo mostrando todo o seu molejo. Breno assume que ficou emocionado quando soube da notícia.

“Foi uma coisa muito emocionante, confesso que chorei. Uma artista como ela escutando nossa música, ainda mais de pagode baiano, que é discriminado”, pontuou.

Para Breno, essa coreografia foi o principal motivo para a banda ter estourado em tão pouco tempo. Apesar disso, o cantor admite que não esperava que a fama viria de uma forma tão avassaladora. “Foi uma parada que nem eu acreditava, mas Deus está proporcionando vários momentos bons e as coisas estão dando certo”, analisou.

Trajetória

Breno Santos é o vocalista por trás desse fenômeno. Natural do município de Itaberaba, o jovem de 22 anos se mudou para Salvador buscando uma forma de entrar na indústria musical.

“Eu estava tentando ser reconhecido no mundo da música e procurando uma forma de estar sempre nesse meio”, contou. Sua relação com a música começou ainda na infância, quando se tornou baterista da igreja.

Durante sua adolescência, Breno teve a oportunidade de trabalhar na banda Lord Guetto, experiência que lhe introduziu ao mundo do pagode. “Tudo que tinha instrumento e banda eu queria estar envolvido".

Por ter vivência com grupos de dança, logo ele se tornou o beck dance do grupo, oportunidade que lhe permitiu começar a explorar seus passos e sua voz.

“Sempre gostei de dançar, eu tinha um grupo de dança. Dançava em colégios, apresentações e concursos”, explicou. No final do ano passado, durante uma resenha com os amigos, surgiu a ideia de criar sua própria banda. “Eu estava no trabalho, tomando uma com os amigos. A gente resenhava para ver quem pegava mais mulher e colocava o apelido de malvadão”, explicou.

Inspiração

Despontando como uma das promessas da geração do pagode baiano, Breno Santos conta que sua principal inspiração é Tony Salles. “Ele faz as mesmas coisas que eu gosto. Ele canta, dança e eu também”, declarou.

Apesar disso, outros nomes que também o influenciam são Bruno Magnata e Lekinho, da banda Ah Chapa, dois artistas com quem ele já tem feat confirmado. “É uma união em que um vai ajudar o outro. Um vai abraçar o trampo do outro”, acrescentou.

*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos

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