A loja Magazine Luiza está sendo denunciada por uma internauta, chamada Susan, que alega ter sofrido injúria racial, após receber um e-mail da loja, onde se referiam a ela como "macaca". O episódio teria acontecido após a cliente realizar uma compra online na loja.
Leia também:
Famosos comemoram demissão de enfermeira denunciada por injúria racial em pet shop
Ex-cônsul da França na Bahia denuncia racismo cometido por francês
Mulher é presa após chamar PM de "preto safado"
Em vídeos publicados nas redes sociais no último domingo (5), a mulher registrou o momento em que se dirigiu até uma delegacia, para realizar um boletim de ocorrência por racismo. Ela ainda explicou que no sábado (4), realizou a compra de uma máquina de lavar no aplicativo da loja, e no dia seguinte, se deparou com o e-mail em sua caixa.
De acordo com Susan, ela precisou atualizar sua conta no aplicativo, e a cada etapa seguida, recebeu um novo e-mail, onde a loja a chamava por seu nome. No entanto, após realizar uma etapa de reconhecimento facial, o e-mail que recebeu em seguida, foi a chamando de "macaca".
“Quando eu abro o e-mail, para acompanhar meu pedido, estava escrito ‘olá, macaca’. Eu parei… ‘Olá, macaca’… Eu saí do e-mail. Eu entrei no e-mail. Eu saí do e-mail. Eu entrei no e-mail. Eu atualizei a página. Eu fechei o Outlook. E eu entrei de novo e eu falei: ‘macaca, jura? Eu tô sendo xingada de macaca?’”, contou.
Susan relatou não acreditar no que estava passando, e que checou mais de uma vez o e-mail, para ver se não era um golpe. “Tive constrangimento até mesmo para falar com o delegado, porque parecia que eu estava falando uma coisa errada. Que eu estava fazendo uma coisa errada. Parecia isso, mas não foi. Eu fui chamada de ‘macaca’ pelo Magazine Luiza”, relatou.
Após repercussão do caso, a empresa se manifestou através das redes sociais. De acordo com a Magalu, procedimentos para retirar palavras inapropriadas do sistema da empresa, foram tomados. "Para evitar que casos semelhantes se repitam, a companhia adotou uma lista de palavras inapropriadas, que passarão a ser vetadas no momento do preenchimento do cadastro", disse a empresa, em nota.
Confira a nota da Magalu, na íntegra:
"Lamentamos profundamente os constrangimentos sofridos pela cliente e reforçamos o nosso compromisso com o combate a qualquer tipo de preconceito ou discriminação. O fato ocorrido nada tem a ver com o processo de biometria realizado pela cliente - essa operação é feita de forma 100% digital, sem qualquer interação humana. O mesmo acontece com as mensagens de confirmação enviadas pela Magalu para os consumidores.
O cadastro original da cliente foi realizado em 2011, de forma online. Para evitar que casos semelhantes se repitam, a companhia adotou uma lista de palavras inapropriadas, que passarão a ser vetadas no momento do preenchimento do cadastro.
A Magalu é referência em políticas de diversidade e inclusão e promove, de forma sistemática, ações de conscientização de seus funcionários a respeito desses temas. A empresa tem, atualmente, metade do seu quadro de colaboradores formado por profissionais negros, que ocupam 55% dos postos de liderança."