O cantor baiano Igor Kannário fez uma declaração polêmica na noite desta quarta-feira (15), durante uma entrevista ao programa PodPah. O artista revirou o passado, relembrou o período em que foi preso por tráfico de drogas e comparou o caso dele com o do Oruam.
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Segundo Kannário, tanto ele quanto o trapper carioca teriam sido vítimas de preconceito em razão do ritmo musical e das letras reflexivas que cantam. Para o ex-deputado, as detenções que os dois sofreram seriam formas do ‘sistema’ silenciá-los.
O que Oruam passou no Rio de Janeiro, eu passei aquilo em Salvador, sendo que eu não tenho pai cabeça cara. O que o trap vive hoje, eu já vivia 15 anos atrás
"O que Oruam passou no Rio de Janeiro, eu passei aquilo em Salvador, sendo que eu não tenho pai cabeça cara. O que o trap vive hoje, eu já vivia 15 anos atrás. Fui parar na Mata Escura, num presídio, por tráfico de drogas, e eu com um cigarro que não era nem grande”, disparou.
Ao falar sobre a ausência de um “pai cabeça cara”, o Príncipe do Gueto fez referência ao traficante Marcinho VP, apontado como uma das lideranças da facção Comando Vermelho (CV), de quem Oruam é filho.
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O trapper Oruam ficou no xilindró por 69 dias, no Rio de Janeiro, por tentativa de homicídio qualificada. O jovem também foi acusado de associação ao tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. Ele foi solto após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogar a prisão preventiva, mas cumpre medidas cautelares até o julgamento definitivo acontecer.
Kannário relembra momentos na prisão
Ainda na entrevista, Igor Kannário relembrou alguns momentos que passou na cadeia. O pagodeiro contou que foi respeitado pelos detentos e que muitos não entendiam a razão dele ter sido preso.
"Cheguei lá dentro, quando eu passo pelo portão, já começou a cantar minha música. Todas as minhas músicas, bater na parede. 'É o Kannário ou não é? É!'", declarou.
Para Kannário, não havia motivo para ele ter sido preso, assim como Oruam. "E eu dentro do presídio era quem, pô? Nunca assaltei ninguém, nunca matei ninguém, nunca nada. Vi muita coisa lá, o bagulho é doido. O filho chora e mãe não vê de verdade. Quando eu vi a história do moleque, eu fiquei ‘p*rra, estão fazendo com o moleque o que fizeram comigo'", finalizou.
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