26º Salvador, Bahia
previsao diaria
Facebook Instagram
WHATSAPP
Receba notícias no WhatsApp Entre no grupo do MASSA!
Home / Entretenimento

Tá vacilando? - 13/10/2025, 17:38 - Da Redação

Empresa de Virgínia entra na mira do MP por sacanagem com clientes

Sócio confessou vender produto sem ter no estoque

Marca de Virginia é vendida em todo país
Marca de Virginia é vendida em todo país |  Foto: Reprodução/Internet

A empresa de cosméticos de Virgínia Fonseca, a WePink, entrou na mira do Ministério Público de Goiás (MP-GO). O órgão moveu uma ação pública, na última quarta-feira (8), por suspeita de estar sacaneando alguns clientes, incluindo vendas sem ter os produtos em estoque.

Leia Também:

A ação contra a WePink iniciou após identificar uma série de irregularidades na conduta da empresa. Segundo o órgão, a marca acumula mais de 90 mil reclamações no site Reclame Aqui somente em 2024 e 340 denúncias formais no Procon Goiás entre 2024 e 2025.

A investigação do MP apontou práticas consideradas abusivas, como:

  • Falta de entrega de produtos: consumidores pagaram, mas não receberam as encomendas, mesmo após meses de espera;
  • Atrasos excessivos: entregas com prazos descumpridos, chegando a mais de sete meses;
  • Dificuldade de reembolso: resistência da empresa em devolver valores pagos;
  • Atendimento ineficaz: sistema automatizado sem resolução efetiva dos problemas;
  • Censura de críticas: exclusão de comentários negativos nas redes sociais;
  • Produtos com defeito: cosméticos entregues estragados ou diferentes do anunciado.

Na ação, o promotor Élvio Vicente da Silva, da 70ª Promotoria de Justiça, citou uma declaração de Thiago Stabile, sócio da empresa, na qual ele teria admitido a venda de produtos sem estoque suficiente: “A gente tinha 200 mil faturamentos por mês. Saltamos para 400 mil. De fato, tivemos um problema de abastecimento porque crescemos muito rápido. Algumas vezes demora, porque algumas matérias-primas acabam, porque a gente vende muito”.

Para o MP, a fala demonstra publicidade enganosa e má-fé contratual. A defesa da WePink afirmou à CNN que a companhia ainda não foi oficialmente citada na ação. “Assim que recebermos a citação formal do juízo, nos manifestaremos nos autos”, disse o advogado Felipe de Paula.

Casos de atraso e descumprimento

Entre os documentos anexados ao processo está um Auto de Infração do Procon Goiás, lavrado em 26 de agosto de 2025, que confirma violações ao Código de Defesa do Consumidor. Em um dos casos, uma cliente aguardou sete meses pela entrega de um produto que nunca chegou e não teve o valor estornado.

Medidas solicitadas e indenizações

O MP-GO pediu tutela de urgência para que a WePink suspenda novas lives promocionais até regularizar as entregas pendentes. Também requer a criação de canal de atendimento humano com resposta em até 24 horas, um mecanismo simplificado de cancelamento e reembolso em até sete dias, além da entrega imediata dos produtos pagos. O descumprimento pode gerar multa diária de R$ 1 mil.

O órgão ainda solicita o pagamento de R$ 5 milhões por dano moral coletivo, valor destinado ao Fundo Estadual de Defesa do Consumidor (FEDC), e prevê indenização individual para clientes lesados.

exclamção leia também