O Ministério Público da Bahia (MP-BA) abriu um inquérito na quinta-feira (19) para investigar se a cantora Claudia Leitte cometeu racismo religioso durante uma apresentação em Salvador. Tudo começou quando a 'nega loira' decidiu trocar uma saudação a Yemanjá na música 'Caranguejo' pela frase "eu canto meu rei Yeshua", em referência ao cristianismo, religião que segue.
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A mudança não caiu nada bem, principalmente entre lideranças religiosas de matriz africana. A denúncia foi apresentada pela Iyalorixá Jaciara Ribeiro e pelo Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro). A Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa já está no corre para apurar a possível violação de direitos culturais e religiosos.
Pegue a visão:
Novamente, Claudia Leitte mudou “saudando a rainha Iemanjá” por “eu canto meu rei Yeshua”, que significa Jesus, em hebraico. A última vez que excluiu a referência de matriz africana, foi compartilhada por Michelle Bolsonaro. Intolerância reprovável e repugnante! NÃO PASSARÃO! ✊🏿 pic.twitter.com/9Sxyrx8T6i
— Andréia de Jesus 51.120 votos (@andreiadejesuus) December 16, 2024
O secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, também não poupou críticas. “Quando um artista se diz parte desse movimento, saúda o povo negro e sua cultura, reverencia sua percussão e musicalidade, faz sucesso e ganha muito dinheiro com isso, mas de repente, escolhe reescrever a história e retirar o nome de Orixás das músicas, não se engane: o nome disso é racismo”, disparou em um post no Instagram.
Até o momento, Claudia Leitte se pronunciou sobre o assunto.