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Saiu em defesa - 11/11/2025, 10:30 - Da Redação - Atualizado em 11/11/2025, 12:40

Blogueira denuncia racismo em bar no Campo Grande

Bárbara Carine contou que o irmão Hermilo sofreu humilhação da dona do estabelecimento

Blogueira baiana expôs denúncia de racismo vivido pelo irmão
Blogueira baiana expôs denúncia de racismo vivido pelo irmão |  Foto: Reprodução/Instagram/@uma_intelectual_diferentona

O relato de um episódio de racismo dentro de um bar no Centro de Salvador levou a professora, escritora e blogueira, Bárbara Carine, a usar as redes sociais, nesta segunda-feira (10), para tornar o caso público. Segundo ela, seu irmão, o engenheiro mecânico Hermilo Neto, enviou uma mensagem detalhando a situação que teria acontecido em um estabelecimento localizado nas imediações do bairro Campo Grande.

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Antes de explicar o que motivou o desabafo, Bárbara narrou como recebeu a mensagem enviada por Hermilo nas primeiras horas do dia. Ela contou que, mesmo cansada pela rotina com o bebê, acessou o celular e se deparou com um texto incomum, já que o irmão costuma ser mais reservado.

“Acordei agora há pouco com privação de sono comum a mães de bebês, e aí nesses momentos eu geralmente não pego no celular..., mas, eu vi uma mensagem do meu irmão, que é uma figura muito contida. Ele me mandou uma mensagem que começava assim: ‘Você sabe que não ando bem psicologicamente em virtude dessa busca desenfreada por emprego. Eu tenho extravasado essas frustrações bebendo pelo centro’”, relatou.

Na sequência, Bárbara explicou o conteúdo da queixa. Segundo ela, Hermilo teria sido humilhado pela proprietária do bar, identificado como Mercado Santa Bárbara.O engenheiro relatou à irmã que tentou agradecer à mulher com um aperto de mãos, mas a reação dela o deixou constrangido.

“Eu fui pegar na mão da dona, uma mulher branca, e agradecer. O que eu peguei na mão dela, na minha frente, ela tirou a mão e pediu rapidamente que o seu funcionário trouxesse esse desinfetante para limpar a sua mão que pegou na minha”, dizia o trecho da mensagem enviada por ele.

Rotina de violência

Antes de encerrar o desabafo, Bárbara explicou sobre como situações como a vivida pelo irmão atravessam a rotina de muitos homens negros no país. Ela lembrou que esse tipo de violência não se limita ao momento vivido no bar, mas faz parte de um cenário mais amplo de vulnerabilidade emocional e social que atinge esse grupo:

“Vocês sabem que as maiores vítimas de suicídio na sociedade são homens negros, com virtude de um atravessamento interseccional, sim, de raça, gênero e classe. Eles estão nessa situação com serem pobres, com serem negros, com serem homens. [..] Respeite a minha família, respeite as pessoas negras, respeite seus consumidores todos.”, finalizou.

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