O apresentador e influenciador Raoni Oliveira fez duras críticas ao rumo que a nova geração do pagode baiano vem tomando. Sem rodeios, ele afirmou enxergar “um excesso” de pornografias nas letras e pontuou a falta de identidade artística entre os novos nomes do gênero, que, segundo ele, utilizam as mesmas bases musicais, presentes nos famosos “bloquinhos”.
“A gente tá vendo todo mundo cantando igual. A mesma base, o mesmo bloco. Você já sabe que vai ter a virada, que vai durar seis minutos. Se colocar todo mundo em um festival, parece a mesma música, só muda o cantor”, disparou Raoni Oliveira em entrevista à rádio Baiana FM.
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“Bloquinho” de 6 minutos e a perda de originalidade
Segundo o apresentador, a tecnologia tornou a produção musical mais acessível, mas também fez com que muitos artistas copiassem as mesmas bases, deixando de lado a busca por uma identidade própria, que antes era uma marca no pagode baiano.
“Na minha época, você sabia quem era o artista pela virada, pela abertura. Quando a banda suingava Ed City pela guitarra, você reconhecia. Ah, o Cavaco, Harmonia…”, relembrou.
Pagode pornográfico só tocam no paredão
Por último, Raoni Oliveira criticou o excesso de letras com teor sexual explícito. Na visão dele, esse tipo de conteúdo limita o alcance das músicas, que ficam restritas ao paredão e não conseguem chegar às rádios ou à TV.
“Existe sim um exagero na galera de hoje, na letra. Comercialmente é difícil o artista crescer, porque não toca em rádio, não toca em TV. Eles ficam restritos ao paredão. Eles não têm identidade porque se parecem com os outros e porque cantam músicas explícitas. Então, não toca em qualquer lugar”, completou.
Falas causam reações no cenário do pagode
Após a análise de Raoni Oliveira, alguns cantores de pagode, como Lekinho, ex-Ah Chapa; Jeffinho, ex-O Maestro; e Dan Ferreira, do Rei do Baile, deram suas opiniões. Enquanto uns concordaram com parte do que foi dito, outros afirmam que os “bloquinhos” foram a única chance de alcançar o sucesso e mudar de vida. Confira abaixo:
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