A artista Aila Menezes, cantora da nova geração do pagodão baiano, chutou o pau da barraca e está acusando o Motel Del Rey, localizado no bairro Armação, de não higienizar as suítes do estabelecimento. Ela também diz que o gerente do local cometeu transfobia com a pessoa que estava com ela quando reclamaram das condições em que se encontravam o quarto.
O caso aconteceu há uma semana, na madrugada da última quarta-feira (5), mas a pagodeira resolveu falar publicamente do episódio “traumatizante” na noite desta terça-feira (11), acompanhada dos seus advogados. Aila Menezes contou com exclusividade ao Portal MASSA! a sua versão sobre o que teria acontecido na “Mansão Gruta Azul”, um dos quartos mais caros do Del Rey.
Segundo a tabela de preços que o próprio motel publicou nas redes sociais, o pernoite das 22h às 12h para a gruta custa R$715, mas o serviço oferecido não compensou o valor cobrado. “Eu cheguei de imediato no motel e tentei utilizar a banheira de hidromassagem. Quando eu liguei a banheira, saiu parecendo que era água de esgoto, um fedor muito grande e uma água muito amarelada, aí eu liguei para a recepção e chamei um rapaz para que fosse lá dentro, o chuveiro não estava funcionando, o ralo tava tapado, várias questões assim”, relatou Aila.
Leia agora: Aila Menezes detona motel após entrar em piscina "cheia de esperma"
Ainda de acordo com a cantora, ela e a pessoa com quem estava saíram da piscina e ligaram de imediato para a recepção para falar com uma atendente. “Tem sêmen, tem material biológico na piscina. Moça, pelo amor de Deus, como é que isso pode acontecer?”, relembrou.
Segundo a artista, a recepcionista ofereceu uma cortesia para abafar o assunto e como Aila não aceitou, ela teria dito que não sabia como agir e passou o problema para um supervisor. A pagodera alega que o supervisor foi até o quarto e ficou surpreso ao encontrar a piscina suja.
“Eita, meu Deus! eu nunca vi isso. Realmente complicado, vou ter que chamar o gerente”. Para Aila Menezes, esse entra e sai de gente fez com que ela fosse exposta para vários funcionários e ficasse constrangida ao receber dois homens na suíte.
A cantora diz que o gerente teve uma postura “ríspida” e chegou a acusar que Aila e seu acompanhante teriam sujado a piscina. Ela afirma que o gerente chegou a insinuar que eles estavam mentindo sobre seu acompanhante, um homem trans, ter uma vagina, e que teria se negado a dar nota fiscal para não ajudar com as futuras investigações do caso.
“A gente não vai dar nota fiscal não, você já disse que vai entrar na justiça e eu vou te dar mais provas? Não, não vou te dar provas”.
Na bruxa, Aila Menezes fez um desabafo sobre o suposto crime. “Não existe isso, isso é transfobia. Se eu estou te dizendo que aqui é uma pessoa trans, temos uma pessoa trans e a gente vai respeitar esse corpo, respeitar essa existência, eu não tenho que provar nada”.
Ela também disse que outras pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ relataram que já sofreram situações parecidas no mesmo motel e reclamou sobre isso ficar se repetindo: “Esse não é o tratamento não é o tratamento que a comunidade lgbtqiapn+ merece. A gente merece respeito e os nossos amores merecem ser respeitados aonde quer que a gente vá sem questionamentos dos nossos corpos”.
Aila disse ao Portal MASSA! que o gerente teria ido novamente até ela, na suíte, para cobrar o consumo do quarto. No fim, a cantora pagou a conta de duas garrafas de água e uma espuma de banho no cartão de débito e esse pagamento acabou virando uma forma de registrar que estava no local, além dos vídeos.
Toda a confusão aconteceu de madrugada, por volta das 3h da manhã, e ela teve que ligar para a família para avisar do que estava acontecendo. Aila também disse que ficou com medo do que poderia acontecer com ela e seu acompanhante e se sentiu ameaçada na saída do Motel Del Rey. O medo surgiu a partir do momento em que eles teriam avistado um segurança encapuzado e uma sirene teria sido ligada.
O Portal MASSA! entrou em contato com o estabelecimento e até o fechamento da matéria não teve retorno.