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Isso dá certo? - 21/09/2024, 07:30 - Amanda Souza

Viver juntos, mas separados: será que funciona esse tipo de casamento?

Está virando tendência no mundo um tipo de relacionamento sério em que os indivíduos vivem em casas separadas

Será que funciona essa ideia de casar e morar em casas diferentes?
Será que funciona essa ideia de casar e morar em casas diferentes? |  Foto: Reprodução / Freepik

Já imaginou ter aquele crush que você adora, namorar ou até mesmo casar, mas sem dividir o mesmo teto? Essa ideia está ganhando cada vez mais força por aí. O termo em inglês Living Apart Together, ou “vivendo juntos, mas em casas separadas”, define esse tipo de relacionamento que está bombando na gringa; e essa tendência, que parece moderníssima, já vem atraindo casais no Brasil também.

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Mas como funciona? Basicamente, os casais mantêm o relacionamento de forma séria, só que sem morarem juntos. Cada um tem seu espaço, sua rotina e sua casa, mesmo mantendo o status de casados, por exemplo – e parece que, para muita gente, essa distância pode fazer muito bem para a relação. Mas será que é só vantagem? A sexóloga Claudia Petry, membro da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH), elenca os pontos positivos e negativos dessa ideia.

Claudia Petry é especialista em Educação para a Sexualidade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/SC) e membro da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH)
Claudia Petry é especialista em Educação para a Sexualidade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/SC) e membro da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH) | Foto: Divulgação

Quais são os pontos positivos?

Segundo a sexóloga Claudia Petry, uma das grandes vantagens de viver este modelo de relacionamento é a possibilidade de preservar o espaço pessoal e usufruir de mais tempo para se dedicar a interesses individuais, como hobbies, cursos ou encontros com amigos. Outro ponto seria a redução dos conflitos cotidianos. Morar em casas separadas ajuda a evitar as brigas comuns da convivência diária, que muitas vezes se tornam exageradas e desnecessárias.

Aspas

A convivência diária pode desgastar facilmente um relacionamento, seja pela divisão de responsabilidades, como tarefas domésticas, ou por pequenos hábitos que, com o tempo, podem minar a conexão entre o casal.

Claudia Petry, sexóloga

Não menos importante, esse modelo também permite um outro fator interessante: autonomia financeira. Claudia pontua que viver em casas separadas permite que cada um gerencie suas próprias despesas com mais controle, enquanto ainda é possível manter um fundo comum para os gastos compartilhados, se necessário. Esses fatores, somados, no entanto, não podem tirar o tesão da relação, alerta a sexóloga. "Cuidado para que sua relação não vire um compromisso que você precisa encaixar na agenda. Assim como é importante ter tempo para si, é fundamental garantir momentos de qualidade entre o casal".

Quais são os pontos negativos?

Os perigos de tornar o relacionamento um comprimisso na agenda é real, mas há outras coisas a serem colocadas nesta balança, como a distância emocional de viverem separados. Viver em casas separadas pode significar menos tempo juntos, o que pode acabar enfraquecendo a relação. "A falta do convívio diário não representa apenas uma distância física, mas também emocional, o que pode dificultar a construção de memórias e experiências", explica a sexóloga.

Outro ponto delicado é a intimidade comprometida: imagina deixar de dormir juntos, tomar aquele café da manhã todos os dias, construir uma rotina... isso, para Claudia, pode ser um problema.

Aspas

Não é apenas sobre sexo, mas sobre confiança, estabilidade e o senso de segurança que compartilhamos no universo íntimo do outro. Mesmo que não vivam sob o mesmo teto, é importante que o casal tenha esses momentos de vez em quando para reforçar o vínculo e o sentimento de proximidade.

Claudia Petry, sexóloga

Por último, um desafio comum a qualquer modelo de relacionamento: pressão social. Nesse caso, as pessoas questionarão os seus motivos, darão pitacos e, talvez, vocês sintam a necessidade de se justificar. Mas não é necessário! "Simplesmente diga que a dinâmica da relação funciona e que vocês são felizes dessa maneira. O importante é que cada um encontre o arranjo que traga felicidade e bem-estar, independentemente da opinião alheia", finaliza a sexóloga.

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