
Você já se perguntou se sexo realmente faz a gente mais feliz? Especialistas apontam que a resposta é um sonoro sim. Isso porque, além de ser uma experiência física prazerosa, o sexo é um verdadeiro catalisador de bem-estar emocional e pode transformar a forma como nos sentimos com a vida — e com nós mesmos.
Leia Também:
Não é raro ouvir alguém dizer que se sentiu mais leve, de bom humor ou cheio de energia depois de uma transa satisfatória. Isso tem explicação científica: durante a relação sexual, o corpo libera uma série de hormônios que influenciam diretamente no humor, na disposição e até na autoestima. A terapeuta comportamental e mastercoach Elisa Ponte explica que a sensação de felicidade associada ao sexo está diretamente ligada à liberação de ocitocina, conhecida como o "hormônio do amor”.
Esse hormônio está relacionado à formação de vínculos, empatia e confiança, aspectos emocionais que impactam diretamente o nosso equilíbrio mental. Ela explica que há diferentes formas de estimular a produção desse hormônio, mas reforça a importância da vida sexual ativa.
“Podemos produzir ocitocina de diversas maneiras, mas como estamos falando sobre essa sensação de prazer durante o ato sexual, pessoas com maior frequência sexual se sentem mais felizes”, disse.
Durante o sexo, outros hormônios também entram em cena, potencializando os efeitos positivos no corpo e na mente. “São liberados dopamina, serotonina, testosterona e prolactina. Esse composto de liberação hormonal contribui diretamente no seu bem-estar, melhora o humor, reduz estresse, ansiedade e melhora a qualidade do sono, entre outros benefícios”, disse.
Se há desejo e consentimento, todos os caminhos levam à felicidade. Ainda de acordo com a terapeuta, o horário do “nheco-nheco” também pode ser um diferencial. “Acredito que manter uma frequência sexual ajuda você a ter mais clareza emocional. Sexo matinal deixa o seu dia mais produtivo”, defendeu Elisa.
Mas, e quando o prazer vira frustração? Seria o contrário da felicidade? A especialista sugere olhar com atenção para as causas. “A melhor forma de lidar com a frustração sexual é entender, em primeiro lugar, o que está acontecendo. [...] Se for por problemas emocionais como rejeição, abandono, perda de interesse, o melhor caminho é investir em sua autoestima e amor-próprio. A forma que você se ama é a forma que você será amada”, explicou.
Foco nos parceiros
No entanto, Elisa ressalta que os efeitos do sexo não são os mesmos em todas as situações. A qualidade da conexão entre os parceiros pode ser decisiva. “O ato sexual libera esses hormônios, mas a conexão e o vínculo emocional é o que vai potencializar a sensação de bem-estar e felicidade”, disse. “Imagina se for apenas um sexo casual, no qual os parceiros nem sabem o nome um do outro. Será tão rápido e superficial que não tem efeito duradouro de alegria”, concluiu.
Para ela, o sexo com afeto também é reflexo de equilíbrio emocional. “100% uma vida sexual associada com emoção é a evidência de que seu pilar emocional está ativado. Somos seres humanos e todos nós queremos ser amados e desejados. Quando você encontra alguém que te completa em sua área afetiva conjugal, você se sente preenchido e ganha mais forças para atuar em outras áreas da sua vida. Pessoas bem resolvidas sexualmente têm mais sucesso nos negócios”, explicou.