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É uma luta - 22/03/2025, 06:45 - Da Redação

Dor é vilã na retomada da vida sexual pós-parto

Mais de 80% das mulheres enfrentam perrengue na retomada do sexo no puerpério

Mais de 80% das mulheres no puerpério acabam enfrentando dores no ato sexual
Mais de 80% das mulheres no puerpério acabam enfrentando dores no ato sexual |  Foto: Reprodução/Freepik

Cansaço, insatisfação com o corpo, diminuição da libido. Estes são apenas alguns dos muitos desafios enfrentados por muitas mulheres na retomada da vida sexual após o parto. E o que parecia difícil, pode ficar ainda mais tenso. Isso porque, segundo estudo da Revista Brasileira de Sexualidade Humana, 85% das mulheres no puerpério- período de 45 a 60 dias após o parto- acabam enfrentando dores no ato sexual. A diminuição da lubrificação da região íntima e lesões causadas no parto normal são alguns dos fatores.

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O transtorno foi vivido e compartilhado pela influencer Viih Tube, que compartilhou com seus seguidores as dificuldades em retomar a vida sexual por conta de dores após dar à luz à sua filha Lua. Nas redes sociais, ela comparou a experiência à sensação de perder a virgindade. “A diferença é que não sangrou. Mas é a sensação de estar abrindo um espaço, é como se estivesse alargando um osso. Eu senti isso. Doeu um pouco sim”, relatou.

Os desconfortos também podem afetar a saúde mental feminina. O alerta é da fisioterapeuta pélvica e obstétrica Cinthia Simão. “O sentimento de culpa costuma surgir pelas demandas já existentes do puerpério, e também pela pressão social para que as mulheres reafirmem seu papel como esposas, e não apenas como mães”, explica.

Fisioterapeuta pélvica e obstétrica Cinthia Simão
Fisioterapeuta pélvica e obstétrica Cinthia Simão | Foto: Arquivo pessoal

A especialista alerta que há prevenção. “A prevenção da dor sexual pós-parto começa ainda durante a gestação, com a prática de técnicas como a massagem perineal, para melhorar a flexibilidade da musculatura, e exercícios para fortalecer essa área. Essas práticas contribuem para um pós-parto mais tranquilo, com menor risco de complicações”, destaca Simão.

Problema tem solução

Cinthia Simão tranquiliza as mulheres. Segundo ela, o tratamento para a dor sexual pós-parto varia conforme as necessidades de cada paciente e incluem “massagens terapêuticas, técnicas de liberação miofascial, exercícios de relaxamento e alongamento, além do alívio de dores com uso de laser e vibração terapêutica”. “O uso de compressas geladas proporciona alívio para a dor imediata ao pós-parto e reduz o inchaço nas áreas afetadas. É importante também manter uma dieta equilibrada, rica em fibras, e garantir uma hidratação adequada para o bom funcionamento do sistema digestivo, pois a prisão de ventre pode agravar a dor”, orienta.

De acordo com a fisioterapeuta, essas medidas simples, quando associadas ao acompanhamento profissional, podem ajudar a tornar o período pós-parto mais confortável e menos doloroso.

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