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faria? - 27/09/2025, 08:00 - Lais Machado

Sem traição? Descubra os segredos por trás dos relacionamentos abertos

Entenda como funciona a não monogamia e o namoro aberto

Entenda como funciona os relacionamentos abertos
Entenda como funciona os relacionamentos abertos |  Foto: Ilustrativa/ Freepik

Ficantes, conversantes, namoro aberto, namoro fechado... hoje em dia existem os mais variados tipos de relacionamentos. A sexualidade humana se reinventa a cada época, abrindo espaço para que os casais experimentem diferentes formas de viver a vida a dois — ou a três, ou a quatro.

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Mas o que tem mexido mesmo com o imaginário da galera é o relacionamento aberto. O assunto sempre volta aos holofotes quando rola uma polêmica de traição, como aconteceu recentemente com a cantora Iza. Depois da separação motivada por uma pulada de cerca, o ex-jogador Yuri Lima voltou a ser criticado por consumir conteúdos de outras mulheres na internet.

E aí surgem as perguntas: será que um relacionamento aberto é a “solução” para evitar traições? Dá pra ser traído mesmo quando o parceiro tem liberdade para ficar com outras pessoas? E, no fim das contas, o que significa viver nesse modelo de relação?

O que é um relacionamento aberto?

O relacionamento aberto é um modelo em que duas pessoas estão comprometidas romanticamente, mas têm a liberdade de sair, beijar ou se envolver sexualmente com outras pessoas — desde que isso esteja previsto no acordo entre o casal. O que cada um pode ou não fazer vai depender das regras estabelecidas pelos dois.

Enquanto a monogamia se baseia em um vínculo afetivo e sexual exclusivo, o relacionamento aberto propõe uma flexibilização dessas fronteiras, sempre a partir do que for combinado entre as partes.

Vale lembrar também: um relacionamento fechado pode existir tanto em casais monogâmicos quanto entre pessoas que se identificam como poliamorosas ou não-monogâmicas.

Para a psicóloga e sexóloga Sara Santon, é importante desmistificar a ideia de que não-monogamia significa “não existe traição”.

"Trair não é só ‘ficar com outra pessoa’, é quebrar um acordo, é não ser leal ao que foi firmado. Se o casal combinou certas coisas e uma das partes fura esse combinado, é traição, independente do formato da relação", ressaltou.

Psicóloga e Sexóloga Sara Santon
Psicóloga e Sexóloga Sara Santon | Foto: Arquivo pessoal

João e Clara (nomes fictícios para preservar a identidade do casal) sabem bem a importância das regras dentro de uma relação aberta. Juntos há mais de quatro anos, o biólogo de 24 anos e a estudante de biologia, de 23, começaram o namoro justamente nesse formato.

"O primeiro passo é entender que seu parceiro, assim como você, também tem desejos. Na não monogamia, você tem que entender o que significa aquele relacionamento, e é necessário o diálogo sempre", destacou João. Para ele, sentir atração por outras pessoas faz parte da vida.

Aspas

Sentir atração por outra pessoa, mesmo as pessoas que não fazem parte do seu relacionamento, é algo normal, diria que é até da natureza do ser humano.

Biólogo, 24 anos 'João'

O jovem também ressaltou que o respeito foi a base para que a relação funcionasse. "Gostávamos muito um do outro, mas ainda não estávamos prontos para a responsabilidade de um relacionamento monogâmico fechado. Gostávamos de outras pessoas, e conseguimos nos entender por um tempo com o relacionamento assim", completou.

Não é bagunça!

A sexóloga reforça a mesma linha: acordos claros, respeito e diálogo são indispensáveis para qualquer relação. "É de extrema importância ter responsabilidade afetiva com o parceiro e com quem entra nessa dinâmica. Relação aberta não é bagunça, é só uma forma diferente de se relacionar, porém com acordos selados e responsabilidade afetiva quanto qualquer outra", pontuou.

Segundo a especialista, não é o tipo de relação que evita traições, mas sim o compromisso com a honestidade e com os combinados do casal. Relações abertas também enfrentam crises, precisam de cuidado, escuta e presença. Só com responsabilidade é possível sustentar esse modelo.

* Sob a supervisão da editora Amanda Souza

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