
A traição é um dos motivos pelos quais muitos relacionamentos terminam, e a famosa 'gaia' costuma gerar muito desconforto na vida dos envolvidos. Mas, para algumas pessoas, ser 'chifrado' ou 'chifrada' é sinônimo de prazer, e tem até nome para isso: cuckold. A palavra tem origem inglesa e faz referência ao nome do pássaro cuco ou (cuckoo), que é conhecido por deixar seus ovos em outros ninhos para que outras aves possam cuidar dos filhotes como se fossem seus.
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Sem timidez, o criador de conteúdo adulto Fagner Figueiredo, de 35 anos, casado com uma também produtora de material +18, há sete anos, revelou ao Portal MASSA! que o cuckold surgiu em sua vida quando ele ainda estava na fase de namoro.
Sou conhecido como o maior Corno do Brasil, falo abertamente sobre o tema em minhas redes sociais
Fagner Figueiredo tem o fetiche cuckold
Fagner Figueiredo explica como o fetiche surgiu na vida dele. "Sempre fui de ler muitos contos eróticos com tema de traição, assistia vídeos e isso foi despertando a vontade. Foi aí que fiz a proposta para minha esposa, que no tempo era namorada. De início, ela achou super estranho, ficou 15 dias sem falar comigo direito, achando que não amava mais ela ou que estava usando isso como desculpa para trair, reação super normal", contou.
"Com o passar do tempo fui passando segurança e despertando o interesse dela, até que, com um ano de namoro, fizemos nosso primeiro ménage e desde então não paramos mais", relatou.

Fagner também contou que para ele não tem tempo ruim. Gosta de assistir, de participar e caso não esteja por perto na hora, pede para saber todos os detalhes. "Eu amo todas as situações e tudo depende da vontade dela. Se ela deixar, eu assisto e fico gravando tudo para postar nos nossos canais e assistir depois. Quando eu não assisto, fico em casa aguardando ela voltar e me contar todos os detalhes de como foi a saída".
O criador de conteúdo afirmou que muitas pessoas têm preconceito, falam mal, mas que ele não liga para nada disso. "Sou conhecido como o maior corno do Brasil. Falo abertamente sobre o tema em minhas redes sociais. Preconceito as pessoas sempre têm, acham um absurdo eu gostar de ver minha mulher com outros homens, acham que sou doente e por aí vai, mas eu não me importo com opinião alheia. Os julgamentos não me atingem", disse Fagner, lembrando que nasceu no dia 25 de abril, data que é comemorado o Dia do Corno.
A sexualidade humana é muito diversa e nem todo desejo vai se encaixar no que chamamos de "convencional".
Pontuou a sexóloga Raquele Carvalho
Fagner é tão bem resolvido com o fetiche que acredita que o cuckold só fez bem para a relação dele com a esposa. "Aumentou a cumplicidade do casal, a confiança, nossa sintonia. Somos totalmente transparentes um com outro", concluiu.
Tem explicação para esse fetiche?
De acordo com a sexóloga Raquele Carvalho, sim. Raquele começa explicando que a sexualidade não é algo que pode ser colocada em uma caixinha. "A sexualidade humana é muito diversa e nem todo desejo vai se encaixar no que chamamos de 'convencional'".
"O cuckold é uma fantasia em que a pessoa sente prazer em ver seu parceiro ou parceira transando com outra pessoa. Isso excita, dá prazer. Dentro da sexologia, entendemos que o desejo não nasce de uma única fonte apenas, podem ser diversas fontes. Pode ter ligação com o jogo do poder, a excitação de compartilhar, a curiosidade de viver algo diferente, entre outros", destacou.

Raquele deixa claro que há várias formas de viver o cuckold. Algumas pessoas têm esse fetiche apenas em seus imaginários, outras podem ficar no quarto ao lado enquanto o parceiro ou parceira se diverte com outra pessoa. Há casos de pessoas que gostam de assistir e também há aquelas que gostam de participar.
Malefícios e benefícios
A sexóloga afirma que o cuckold, por si só, não acarreta benefícios, mas como outras práticas sexuais, pode ter a parte boa e a ruim.
"Como qualquer prática sexual ele [cuckold] pode ser saudável ou prejudicial, depende de como é vivido. O que torna uma fantasia positiva é o acordo, o respeito e os limites muitos claros. Quando existe diálogo, consentimento, proteção, o cuckold pode até fortalecer a relação, porque obriga o casal a conversar sobre os desejos, inseguranças e fronteiras. Por outro lado, quando é imposto, não existe consentimento e é vivido sem clareza, pode gerar sofrimento", declarou.