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Atenção com a saúde - 15/02/2025, 07:00 - Rebeca Nascimento - Atualizado em 15/02/2025, 10:15

Jovem encara alergia a sexo há oito anos; saiba o que é a síndrome pós-orgástica

Entenda como a doença pode ser diagnosticada

Síndrome causa diversos desconfortos
Síndrome causa diversos desconfortos |  Foto: Ilustrativa/Reprodução/Freepik

Você já ouviu falar da síndrome pós-orgástica (POIS)? Ela é uma condição rara que 'pega bonito' principalmente nos homens, fazendo com que sintam cansaço forte, irritabilidade, raciocínio alterado, dores de cabeça, no corpo e nas articulações e febre logo após a ejaculação. Esses sintomas podem durar alguns dias ou semanas.

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Segundo a BBC Brasil, a doença foi descoberta em 2002 pelo cientista holandês Marcel Waldinger, neuropsiquiatra da Universidade de Utrecht, na Holanda. Ele acredita que a incidência pode ser mais comum do que os números indicam.

De acordo com o artigo do Journal of rare diseases research treatment (Jornal de doenças raras pesquisa e tratamento), existem cerca de 50 casos registrados desta síndrome. Para saber mais sobre essa alergia e o tratamento, o Portal MASSA! bateu um papo com um especialista que sanou diversas dúvidas.

De acordo com o médico urologista Marcelo Magalhães, embora existam sintomas parecidos que podem atingir as mulheres, a POIS é uma doença diagnosticada em homens. Ele também destacou que o paciente que tem essa alergia sente como se estivesse gripado, e além dos sintomas citados acima, outros tipos de sinais podem ocorrer.

Aspas

Há sintomas psiquiátricos, como crises de ansiedade e depressão. É difícil falar em cura, o que a gente consegue é um controle dos sintomas.

Marcelo Magalhães, urologista

Mesmo não havendo um consenso, os sintomas têm que acontecer com uma certa frequência para ser diagnosticado como POIS.

Aspas

Alguns dizem que é preciso acontecer por um ano pelo menos pra gente pode dizer que é [POIS]


“Não existe muito critério porque é muito raro, não existe um consenso. O diagnóstico dessa síndrome é basicamente clínico, não existe um exame que diz que a pessoa tem aquilo, é mais por exclusão. Tem que ver como estão os hormônios, às vezes passar por uma avaliação psiquiátrica, se a pessoa tem depressão ou ansiedade, pode ser uma enxaqueca pós-orgástica que é algo parecido mas só causa dor de cabeça”, pontua o médico, ressaltando que apenas uma consulta pode não ser o suficiente para fechar o diagnóstico, precisa de um acompanhamento.

Tratamento

Dr. Marcelo destacou que o tratamento pode variar em cada caso
Dr. Marcelo destacou que o tratamento pode variar em cada caso | Foto: Reprodução / Instagram / @drmarcelourologia

Em resumo, o tratamento pode variar de acordo com a situação de cada paciente. “Como é algo raro, que é pouco estudado, então o tratamento também é pouco estudado, muitas vezes por tentativa e erro, uma coisa funciona e outra não, então também não existe um consenso de como tratar”.

"Existe uma teoria de que ela [POIS] acontece por um processo alérgico ao próprio sêmen da pessoa, então pensando nessa hipótese de alergia, às vezes passam alguns antialérgicos, pode ser que ajude a amenizar os sintomas. Pensando na hipótese hormonal, algumas medicações que regulam esses hormônios também podem ajudar. Existem até terapias mais experimentais que usam imunoterapia, que são o uso de anticorpos orientados contra o sêmen, por exemplo, algo experimental”, ressalta.

Se você passa por esse momento ou conhece alguém que está nessa fase, detalhes podem fazer toda diferença, como por exemplo, mudança de estilo de vida com atividades físicas, controle do estresse e ansiedade, trabalhar na dessensibilização do sêmen, que é entrar em contato com o próprio sêmen aos poucos, para que o corpo se acostume. Em alguns casos antidepressivos também podem auxiliar.

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