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Ser corno ou não ser? - 26/04/2025, 08:00 - Silvânia Nascimento

Fetiche cuckold: levar chifre é motivo de prazer para alguns homens

Bahia aparece como o 6º estado do Nordeste com mais homens que se sentem atraídos pelo cuckold

Estímulo inicial mais comum para a prática do cuckold surge com conteúdos pornográficos
Estímulo inicial mais comum para a prática do cuckold surge com conteúdos pornográficos |  Foto: Reprodução

Provavelmente, poucas pessoas devem saber que, anualmente no Brasil, em 25 de abril é comemorado o Dia do Corno, data que, nos últimos anos tem trazido à tona o crescimento do fetiche “cuckold”, prática na qual o parceiro sente prazer ao ver — ou saber — que sua companheira se relaciona sexualmente com outro homem.

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Em um levantamento realizado pela empresa Sexlog, site de sexo e swing, a Bahia aparece como o 6º estado do Nordeste com mais homens que se sentem atraídos pelo cuckold. Durante pesquisa feita pela plataforma digital, 35,40% dos baianos entrevistados revelaram que sentem tesão ao imaginar a parceira com outro homem.

Em entrevista ao MASSA!, Mayumi Sato, diretora de marketing do Sexlog, conta como funciona a pesquisa para mensurar o percentual de homens que sentem vontade de praticar o cuckold.

“Somos uma comunidade que existe há pouco mais de 10 anos e, ao longo desses anos, fomos reunindo pessoas interessadas em fetiches, em realizar algumas fantasias sexuais. Então, conectamos pessoas com interesses em comum. Na medida em que as pessoas vão se cadastrando na nossa plataforma, elas vão identificando quais são seus interesses, quais são seus sonhos, os fetiches, o que elas querem realizar, justamente para que a gente possa conectar umas com as outras. E a gente sempre percebeu que um dos fetiches que mais crescia era o de ser corno, nesse caso, o cuckold”, contou.

Mayumi Sato, diretora de marketing do Sexlog
Mayumi Sato, diretora de marketing do Sexlog | Foto: Divulgação

Natural de Salvador, Fagner, que se identifica como corno ou cuckold, detalhou sua relação com esse fetiche. "Eu sempre gostei de ler contos eróticos e histórias HQ [em quadrinhos] com temas de traição em geral. Esses contos foram me dando vontade de viver isso. Com seis meses de namoro, fiz a proposta para Kriss [companheira]. Falei para ela que tinha vontade de vê-la com outros homens. De início, ela achou um absurdo, falou que eu não a amava. Ficou quase 15 dias sem falar direito comigo", lembrou.

Segundo a plataforma Sexlog, o estímulo inicial mais comum para a prática do cuckold surge com conteúdos pornográficos. Dados da pesquisa apontam que 57% dos homens se excitaram pela primeira vez assistindo vídeos do tema, enquanto outros 23% foram influenciados por experiências de amigos ou parceiros e 15% começaram a explorar o desejo após vivenciar o swing.

"Tive outros relacionamentos, mas nunca tive essa vontade. Nunca imaginei que iria gostar de ver minha parceira com outros. Costumo dizer que nasci predestinado a ser corno, nasci justamente no Dia do Corno, 25 de abril, comemoro duas vezes”, disse Fagner.

Fagner e Cris
Fagner e Cris | Foto: Arquivo pessoal

Líder do ranking dos cornos

Ainda no levantamento realizado pela plataforma, os homens cearenses lideram o ranking dos cornos do Nordeste com 38,32%, o segundo estado na lista é o Rio Grande do Norte (37,99%), seguido de Pernambuco (36,53%), Sergipe (36,51%), Alagoas (35,61%) e Bahia (35,40%). Completam a lista Piauí (34,99%) e Paraíba (34,23%).

"Tem crescido o número de pessoas chegando na nossa plataforma à procura da realização desse fetiche e para entender mais sobre ele. Porém, ainda é um tabu. Ainda é um tema que causa muita estranheza, justamente porque não temos contato com ele no dia a dia. E é um tabu muito marcado pelo moralismo, pelo machismo. Mas percebemos que dentro de uma comunidade onde há mais liberdade, as pessoas falam desse assunto com muita naturalidade”, completou Mayumi Sato, diretora de marketing do Sexlog, em entrevista ao MASSA!.

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