Diego, Maya e a esposa saíram do bairro Parque São Cristóvão, no início da madrugada de segunda-feira (11), em busca de uma solução do problema da filha, de 3 anos, rumo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Cristóvão, na cidade de Salvador. O desespero fez com que o pai implorasse por atendimento, mas problemas dentro da unidade de saúde complicaram ainda mais a angústia pela saúde da filha.
Ao Portal MASSA!, Diego Luis Nascimento contou a situação. Segundo o porteiro, de 33 anos, um homem, que atua como segurança da unidade de saúde, que não teve a identidade revelada, teria intervindo em um momento de fragilidade da família pela situação de Maya das Chagas Nascimento.
Tudo aconteceu após o atendimento no consultório do médico, que, ainda conforme ele, passou exame laboratorial e raio-X, porém não entregou solicitação de medicação para que a febre, coriza e tosse da menina parassem.
Durante a espera no local, Diego fez uma filmagem para mostrar ao seu chefe que estava na UPA ao lado da filha, de modo a justificar a ausência no plantão.
Leia mais
Dupla armada é pega ‘na cocó’ por rivais perto de UPA em Salvador
Com dores abdominais, adolescente descobre gravidez na hora do parto
Pegue a visão:
“O segurança daqui disse que não podia filmá-lo porque ele iria tomar meu celular e quebrar. Eu questionei e disse que estava em um lugar público, do povo, com um problema para ser resolvido, que não estava filmando”, iniciou.
Agoniado já que a outra filha teve convulsão na semana passada, o pai começou a falar alto cobrando respostas sobre a medicação que deveria ser dada à filha. “Depois ele foi e pegou no meu braço, não quis me soltar, eu pedi por favor, e falei a ele que aquilo era crime, assédio, me pegar sem eu autorizar de me tocar”, detalhou.
Nada para ninguém
Ainda segundo o pai da criança, além do gasto na poupança com as corridas de transporte por aplicativo, a problemática mental também influenciou nessa questão. Segundo ele, a garota foi medicada, mas ficou muito nervosa por conta do constrangimento.
"Quero justiça pela humilhação que eu e a minha família passamos. A técnica do laboratório mandou o segurança para mim, e o mesmo que disse que iria quebrar meu celular", desabafou ao Portal MASSA!.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para saber o que aconteceu na oportunidade, mas, até a publicação desta matéria, não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.