O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (22) novas projeções indicando que a população brasileira atingirá seu ápice em 2041, com cerca de 220,43 milhões de habitantes, antes de iniciar um declínio gradual a partir de 2042.
Essa mudança não quer dizer que vai morrer todo mundo; na verdade, o número tem maior relação com os nascimentos. Segundo o IBGE, essa queda populacional está relacionada à redução da taxa de fecundidade da mulher brasileira, que em 2023 chegou a 1,57 filho por mulher, bem abaixo da taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher.
O relatório aponta que a taxa de crescimento populacional, atualmente em torno de 0,4%, deverá diminuir progressivamente até 2041. A partir de então, a população começará a diminuir, com uma taxa de declínio que poderá chegar a 0,7% ao ano em 2070, quando o número de habitantes deverá alcançar 199,23 milhões.
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A projeção revisada traz mudanças significativas em relação à estimativa anterior, feita em 2020, que previa o início do declínio populacional em 2048, com um pico de 233,23 milhões de habitantes. Essa revisão é baseada em novos dados do Censo 2022, da Pesquisa de Pós-Enumeração e em registros de nascimento, mortes e migração pós-pandemia.
Alguns estados, como Alagoas, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, já deverão começar a perder população nesta década, enquanto outros, como Roraima, Santa Catarina e Mato Grosso, continuarão crescendo até pelo menos 2060.