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Cultura total - 23/10/2025, 17:00 - Artur Soares

Russo Passapusso e Rita Batista abrem programação da Flica 2025

Roda de conversa abordou a relação dos dois com a literatura

Rita Batista e Russo Passapusso palestraram na 13ª Flica
Rita Batista e Russo Passapusso palestraram na 13ª Flica |  Foto: Artur Soares/Massa!

O Recôncavo Baiano está sendo palco da maior festa literária do Nordeste. A programação da 13ª edição da Festa Literária Internacional começou nesta manhã com uma mesa dedicada ao tema da edição: "Ler é massa!". Os convidados do bate-papo foram o cantor Russo Passapusso e a apresentadora Rita Batista. Ambos falaram de como a leitura esteve presente em suas infâncias e como isso influenciou suas carreiras.

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O vocalista do BaianaSystem relembrou sua relação com seu pai e a importância disso para seu interesse na leitura. "Me fez sobreviver. O retrospecto é de sobrevivência, de transmutação de dor em amor, essas coisas que as pessoas acham as vezes que é romantismo, que é poesia, mas se vocês começarem a pensar no que vocês transformaram na vida de vocês, vão perceber que isso é real", contou em entrevista ao MASSA!.

Russo também destacou a relação que a literatura tem com os discos. Se autodeclarando um "leitor de discos", o cantor incentivou que seu público busque outras referências para além dos algoritmos das redes sociais.

"Eu leio discos. A gente fala muito de som, de imagens sonoras, então as pessoas que gostam de música precisam procurar ouvir cada vez mais música que montem imagens para esse lugar onde a gente constrói nossa memória. Saiam desse ciclo vicioso, dos algoritmos, procure seu outro você por meio das músicas", afirmou.

Evento celebra o valor da literatura
Evento celebra o valor da literatura | Foto: Artur Soares/Massa!

Um dos tópicos levantados durante o bate-papo foi a presença de pessoas negras no mercado da comunicação. Rita Batista defendeu que, mesmo em passos lentos, a sociedade brasileira está se curando de suas raízes racistas. "400 anos de escravidão não passam sem arranhar nossa forma de ver as pessoas. As pessoas ainda não reconhecem pessoas negras nesses lugares e, quando a gente aparece, a gente traz outros nomes que pavimentaram o caminho antes", detalhou a apresentadora.

Autora do livro 'A Vida é um Presente', a baiana defendeu a importância da leitura. "Para minha profissão, para minha existência, eu acho importante ler. É um mecanismo em que a gente aumenta repertório, a gente descobre mais sobre assuntos que não são próprios da nossa vida", apontou.

Por fim, a jornalista ainda comentou sobre como autores negros vem sendo mais valorizados nos últimos anos. "Acho que depois de muito tempo, com um atraso histórico relevante, a gente está conseguido que pessoas negras, que sempre produziram, sejam sim reconhecidas pelos seus talentos, pelas suas capacidades, pelos seus trabalhos", defendeu.

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