Os rodoviários que trabalhavam na antiga CSN realizaram um assembleia, nesta sexta-feira (26), na Estação da Lapa, em Salvador. A categoria reivindica o pagamento das rescisões que já perduram há três anos.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Fabio Primo, falou sobre o assunto e cobrou da gestão municipal uma solução. "O antigo prefeito ACM Neto fez uma intervenção na CSN por falta de pagamento, entre outros tributos que existia na empresa. No ano de 2021, o prefeito Bruno Reis, contra a orientação do nosso sindicato, decretou a caducidade no contrato da CSN", comentou.
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Segundo Primo, o atual gestor teria garantido que em 30 dias interveria para a venda de terrenos que ajudariam a angariar recursos para quitar as dívidas com os trabalhadores, mas de acordo com o sindicalista, a situação perdura há três anos e segue sem solução.
"A gente vai ocupar as ruas da cidade. Não vai ser esse único movimento até que eles recebam. Estão dizendo que é por conta da eleição. Não estou me preocupando muito com a questão política, eu estou preocupado com a minha questão até porque fui eleito para cuidar de uma categoria.[...] Mas não vejo a saída da solução sem um movimento até por conta de tanta burocracia", acrescentou.
O presidente do sindicato contou ainda que há dois terrenos que estão apalavrados, um deles custa R$ 21 milhões, sendo R$ 10 milhões para o Bradesco e R$ 11 milhões para pagar as rescisões da CSN. Primo pontuou ainda que atualmente há pouco mais de 2000 trabalhadores aguardando para receber os direitos trabalhistas. Primo disse que a categoria deve receber algo em torno de R$ 44 milhões e serão repassados aos rodoviários 25% do que é devido.