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Resistência - 26/07/2024, 06:10 - Amanda Souza

Marcha das Mulheres Negras reúne uma galera no Centro de Salvador

Microfone esteve aberto para que as mulheres pudessem compartilhar suas experiências

Mulheres passaram por pontos do Centro da capital
Mulheres passaram por pontos do Centro da capital |  Foto: Denisse Salazar /AG. A TARDE

A Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver reuniu uma galera no Centro de Salvador, na tarde desta quinta-feira (25). A concentração começou às 14h, na Praça da Piedade, e às 15h30 as participantes partiram pela Avenida Sete de Setembro, passando pelo Pelourinho e concluindo o trajeto no histórico Terreiro de Jesus.

Durante o percurso, o microfone esteve aberto para que as mulheres presentes pudessem compartilhar suas experiências, lutas e desejos. Entre os discursos, destacaram-se temas como racismo, machismo, desigualdade social e a importância da reparação histórica.

Lindinalva De Paula, coordenadora da Casa da Mulher Negra da Bahia, explicou o que o movimento representa, apesar de apontar que gostaria que mais mulheres estivessem presentes. “Reparação para nós, mulheres negras, é extremamente importante. Significa inverter a ordem, termos política de Estado e não política de governo na questão da educação, da saúde e principalmente da segurança”, disse.

Organizada pelo Movimento de Mulheres Negras da Bahia, a marcha destacou o combate ao racismo e o feminismo negro. Como indicava a previsão do tempo para Salvador, a chuva pegou as mulheres pouco depois que a marcha saiu da Praça da Piedade. Lindinalva deu a letra: “Tem uma música do Ilê que diz que ‘pode chover, pode relampejar, a terra pode até tremer’, mas as mulheres negras vão marchar por reparação e bem viver”, garantiu.

Imagem ilustrativa da imagem Marcha das Mulheres Negras reúne uma galera no Centro de Salvador
Foto: Denisse Salazar /AG. A TARDE
Mulheres passaram por pontos do Centro da capital
Mulheres passaram por pontos do Centro da capital | Foto: Denisse Salazar /AG. A TARDE

Data importante

No dia 25 de julho é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela. Essa data marca também a iniciativa Julho das Pretas, uma ação criada pelo Odara – Instituto da Mulher Negra que se espalhou pelo Nordeste, Brasil e América Latina.

A Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver foi mais uma das atividades que compõem essa agenda coletiva da 12ª edição da ação, e por isso reuniu organizações, grupos e coletivos de toda a Bahia ligados à causa.

A professora Sandra Batista, representante da Associação das Comunidades Paroquiais de Mata Escura e Calabetão (Acopamec), levou algumas de suas alunas para conhecer a marcha. “É importante que elas vivam essas experiências, essas meninas são o futuro do Brasil. Pra mim como mulher preta, como educadora, é libertador. É a minha primeira vez no movimento, espero estar presente em todos os outros”.

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