
Um idoso baiano, de 72 anos, voltou a ter sinais vitais cerca de 1h após ter o óbito atestado por dois médicos. Identificado como Damião José dos Santos, ele estava internado há oito dias, com um quadro grave de pneumonia, antes da situação surpreendente acontecer.
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O caso aconteceu no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, localizado em Itabuna, no sul do estado, nesta quarta-feira (13). A família do idoso foi informada da morte dele e funcionários de uma funerária já estavam a caminho do hospital para buscar o corpo, quando um médico notou que Damião abriu os olhos, retomou a frequência cardíaca e voltou a respirar.
Um sobrinho de Damião José, o advogado Daniel Oliveira, revelou que os primeiros a serem informados da ‘ressurreição’ foram os rapazes da funerária, que ligaram assustados para avisar a família. Eles foram imediatamente ao hospital para entender o que estava acontecendo.
“Chegando lá, nós constatamos que o nosso tio tinha voltado e o médico disse que ele ficou em estado de óbito entre 1h e 1h20. Meu tio abriu os olhos, voltou a frequência cardíaca e voltou a respirar. Voltou melhor! O quadro ainda é grave, mas a esperança foi renovada”, disse Daniel em entrevista à TV Bahia.

Ao longo da semana de internação, o aposentado teve uma piora significativa e chegou a depender 100% de aparelhos para respirar. O quadro de saúde melhorou depois que ele teve o óbito atestado e voltou à vida, precisando apenas de 20% do auxílio das máquinas respiratórias.
Hospital explica o caso
O hospital emitiu uma nota explicando o caso de Damião José. Segundo a instituição de saúde, o fenômeno é raro, mas já foi relatado na literatura médica outras vezes. Não foram constatados erros, falhas técnicas ou problemas de ética por parte da equipe que estava de plantão.
"Foi constatado o óbito do paciente, corroborado por um segundo médico, assim como por toda a equipe que lhe prestava assistência, quando familiares foram prontamente informados. Cerca de uma hora após o evento acima relatado, percebeu-se discretos movimentos respiratórios, sendo imediatamente reiniciada todas as assistências e procedimentos para a estabilização do referido paciente”, detalhou.

“Apesar de raro, o fenômeno testemunhado neste caso é bem relatado na literatura médica, com casos de constatação de óbito que apresentaram posterior retorno espontâneo da circulação. Apesar da situação atípica, após minuciosa avaliação das condutas tomadas, não foi constatada qualquer falha técnica ou ética por parte da equipe de plantão”, finalizou a nota.