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Eita! - 25/04/2023, 13:45 - Da Redação

OAB de Feira joga duro após violência contra a 'mulherada' na micareta

Nota de repúdio foi lançada em conjunto entre OAB Feira e OAB Mulher Feira

OAB Mulher de Feira mete a real contra casos de violência na festa
OAB Mulher de Feira mete a real contra casos de violência na festa |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - subseção Feira de Santana, e a OAB Mulher de Feira de Santana soltaram, na manhã desta terça-feira (25), uma nota conjunta de repúdio contra as cenas de violência e importunação contra as mulheres na Micareta da Princesinha do Sertão, que aconteceu entre os dias 20 e 23 de abril.

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Além das prisões por tentativas de beijo e importunação sexual, ainda viralizaram vídeos em que agentes da Polícia Militar agridem uma mulher. Uma vendedora ambulante também afirma ter levado pau dos policiais.

Na nota divulgada, a OAB afirma estar atenta aos desdobramentos dos casos e denúncias. Leia a nota completa

A OAB e a Comissão das Mulheres Subseção Feira de Santana vem a público REPUDIAR toda e qualquer prática de violência contra a mulher e de gênero.

No último final de semana ocorreu a maior e mais antiga festa de carnaval fora de época do país, micareta de Feira de Santana. A festa momesca não acontecia desde 2020 em razão da pandemia do novo coronavírus.Por isso, a expectativa era grande para o retorno.

A fim de que ocorresse tudo bem, o poder público garantiu investimento em segurança pública, tendo como resultado, segundo a imprensa, a não ocorrência de crime grave contra a vida. Ocorre que, dos crimes identificados no circuito, seja em razão de flagrância ou reconhecimento facial, percebemos que as mulheres foram as maiores vítimas.

Um homem foi identificado por ter mandado de prisão em aberto por violência contra a mulher. Outro foi preso acusado de tentar beijar mulheres a força, configurando crime de importunação sexual.

No primeiro dia de festa, um homem foi filmado desferindo soco no rosto de uma mulher que, instantaneamente, caiu ao chão desacordada, sendo analisado aqui como crime em razão de gênero. Ainda, imagens que circulam nas redes e canais de comunicação, vê-se uma mulher sendo agredida por policiais militares durante a passagem de um trio elétrico.

O saldo que resta de mais uma festa pública é: em que pese os crimes sejam reduzidos em geral, a violência contra a mulher ainda assusta por ser latente e presente em todos os espaços, cometido em sua maioria por homens e até mesmo por agentes que deveriam exercer o papel de proteção e defesa.

Ressaltamos que a rede de apoio e proteção em Feira de Santana realizou um brilhante trabalho de conscientização e através do observatório de direitos humanos durante os 4 dias de folia. Todavia, sabemos que a mudança ainda é lenta e ações como essas são importantes para que num futuro próximo possamos curtir sem violência contra quaisquer pessoas, principalmente as mulheres que sempre são alvos. Ato contínuo, a mudança também precisa estar em cada um de nós, sendo um exercício diário.

A OAB Subseção Feira e a Comissão das Mulheres seguirão atentas na defesa das minorias e acompanhando os casos.

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